Uma passageira de Uber recebeu uma indenização R$ 15 mil após ter sido vítma de intolerância religiosa por um motorista da empresa de transporte por aplicativo. O caso ocorreu em Curitiba, onde uma mulher pediu uma corrida enquanto saía de um terreiro de umbanda, mas recebeu uma mensagem do motorista dizendo “macumbeiro não anda no meu carro”.
A ocorrência aconteceu em 2023 e a Uber pagou a indenização em setembro de 2024. Contudo, a decisão foi divulgada pela Justiça do Estado do Paraná na terça-feira (21), Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
Decisão judicial
De acordo com a decisão da Justiça, não é aceitável a possibilidade de se tolerar atos de discriminação religiosa. A Uber tem responsabilidade no ocorrido, segundo o Tribunal de Justiça do Paraná , por atuar como intermediária na relação do motorista e do passageiro, sendo encarregada de entregar um serviço de qualidade.
Cooperação
O IG entrou em contato com a Uber que disse que não tolera qualquer forma de discriminação e tem compromisso com a promoção de um ambiente mais inclusivo. A empresa informou ao portal que “em cassos dessa natureza encoraja a denúncia tanto pelo próprio aplicativo quanto às autoridades competentes e se coloca à disposição para colaborar com as investigações”.
Acordo
O Ministério da Igualdade Racial assinou, recentemente, um acordo de cooperação com a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) para combater a intolerância Religiosa. Esse documento se insere nas ações alusivas ao Dia de Combate à Intolerância Religiosa e reúne as principais plataformas de transporte por aplicativo.