Cidade no Litoral Norte paraibano foi a que mais choveu nas últimas 24 horas, um acumulado de 235,8 milímetros, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Maria da Conceição, moradora de Mataraca, disse que não dormiu com medo das fortes chuvas
Ewerton Correia/TV Cabo Branco
Mataraca, no Litoral Norte da Paraíba, foi a cidade que mais choveu no estado, nas últimas 24 horas, um acumulado de 235,8 milímetros, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O acumulado foi o dobro esperado para todo o mês. Com isso, diversos transtornos foram registrados e cerca de dez famílias estão desabrigadas ou desalojadas.
A dona de casa Maria da Conceição disse que não conseguiu dormir. Há uma barreira atrás da casa dela, por isso, teve muito medo de que um deslizamento acontecesse.
“Foi difícil, era bastante água, parecia uma onda de água descendo, a moto da minha filha desceu na cheia. Eu fiquei desesperada, aí eu não dormi essa noite não, pensando nessa barreira cair”.
Mataraca registra transtornos após fortes chuvas
Ewerton Correia/TV Cabo Branco
O agricultor Adriano Soares teve a casa invadida, após o deslizamento de uma barreira. No momento do deslizamento, ele estava em casa com a esposa e três filhos, de nove, sete e dois anos de idade, e relatou à TV Cabo Branco os momentos de tensão que a família passou.
“Desceu de uma vez, quando desceu foi só Jesus pra livrar a gente, se tivesse demorado mais um pouquinho, nem eu e minha esposa estaríamos vivos. O [filho] de sete anos estava mais dormindo, eu peguei ele igual pega um cachorro, peguei de todo jeito porque eu estava vendo a hora acabar com tudo”, disse o agricultor.
Inmet renova alerta
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) renovou o alerta laranja de chuvas intensas para todas as cidades da Paraíba. O novo aviso foi divulgado nesta quinta-feira (6) e está vigente até às 10h da sexta-feira (7).
O alerta laranja (de perigo) prevê chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia e ventos intensos (60-100 km/h). Nessas áreas, ainda existe risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
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