Fenômeno ‘El Niño’ deve deixar o inverno mais quente na região

Situação ocorre quando a parte central leste do Oceano Pacífico Equatorial fica com a temperatura mais alta do que o normal. El niño pode deixar inverno quente
Os meteorologistas da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos confirmaram a chegada do fenômeno “El Niño” nesta quinta-feira (8). A situação deve deixar o inverno mais quente na região.
Segundo a meteorologista Josélia Pegorim, o “El Niño” é uma situação na qual a parte central leste do Oceano Pacífico Equatorial fica com a temperatura mais alta do que o normal.
“O pacifico é o maior oceano que nós temos, então esse aquecimento que determina esse fenômeno El Niño, acontece nessa parte ali entre América do Sul e Indonésia, fica mais quente do que o normal”, disse Josélia.
A chegada do fenômeno foi confirmada nesta quinta-feira (8), mas segundo a meteorologista o El Niño ainda está em processo de desenvolvimento nas últimas duas semanas e a tendência é que a água do mar continue se aquecendo nos próximos meses.
“Nós atingimos um patamar de meio grau acima da média. Esse é o limite mínimo para definir que o El Niño vai começar. Agora, a região bem central do Pacífico Equatorial está com 0,8 graus de temperatura acima da média, ou seja, esse limite mínimo de meio grau já foi alcançado e agora estamos no 0.8 e vai continuar aquecendo ainda”, explicou
El Niño ilustrado no globo terrestre
GETTY IMAGES/via BBC
O fenômeno tem como característica geral a elevação da temperatura na atmosfera do planeta e isso gera preocupações para a Organização Meteorológica Mundial e para a Organização Mundial da Saúde (OMS), devido a fortes ondas de calor.
“Ele facilita a ocorrência de ondas de calor, essa é uma preocupação que temos para esse semestre, principalmente na primavera, no inverno não vai fazer muita diferença pra gente”.
O tempo seco também é algo que deve ocorrer ao longo dos próximos dias. Na época atual, a pouca quantidade de chuvas é algo normal na região e a sua influência deve aumentar com a chegada da primavera.
“No inverno a influência maior vai ser no Rio Grande do Sul. De qualquer forma, daqui pra frente, a gente fica na situação de alerta sempre porque a vegetação já está começando a receber menos chuva e daqui pra frente assim atenção total com queimadas”, concluiu Josélia Pegorim.
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