Maior hospital pediátrico do país registra crescimento no número de transplantes de medula óssea


Dezembro foi o mês com mais transplantes de medula óssea em 2024 no Hospital Pequeno Príncipe. Perto do Natal, a equipe realizou, pela primeira vez na história, 4 transplantes em apenas uma semana. Maior hospital pediátrico do país bateu recorde de transplantes de medula óssea
O maior hospital pediátrico do país registrou um crescimento no número de transplantes de medula óssea.
A Rayane viajou mais de 3 mil km – do Pará a Curitiba – para ganhar um presentão no mês do aniversário. A menina, que completa 8 anos nesta sexta-feira (27), passou por um transplante e recebeu uma nova medula óssea.
“Para mim foi muito motivo de alegria quando me ligaram daqui que eu ia ser a doadora de medula da minha filha. É a segunda vida que a gente diz, para o próprio filho da gente”, diz Marlene do Nascimento, mãe da Rayane.
Maior hospital pediátrico do país registra crescimento no número de transplantes de medula óssea
Jornal Nacional/ Reprodução
A Rayane simboliza um mês inteiro de boas notícias. Dezembro foi o mês com mais transplantes de medula óssea em 2024 no Pequeno Príncipe – que é o maior hospital pediátrico do país. Perto do Natal, pela primeira vez na história, as equipes realizaram quatro transplantes em apenas uma semana. 40% dos transplantes no hospital são de pacientes de outros estados.
“A nossa média, mais ou menos, é de um transplante por semana. Nós fizemos, esse ano, 63 transplantes na nossa unidade. Então, a gente está comemorando essas vidas que a gente está salvando e felizes por poder estar ajudando esses pacientes”, afirma a médica Adriana Mello Rodrigues.
Falta de autorização das famílias é o principal motivo da queda no número de doação de órgãos
Dados do Redome, o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea, mostram que as doações até novembro de 2024 já são 8% maior que todo o ano de 2023.
Mas nem sempre os parentes são compatíveis, como no caso da Rayane. Por isso é tão importante o registro no Redome. Para se cadastrar, é preciso ter entre 18 e 35 anos, ir a um hemocentro e coletar uma amostra de sangue.
Em 2024, o Redome cadastrou quase 130 mil doadores. O vendedor Ivan Joncik não pensou duas vezes quando, há três anos, foi chamado para doar a medula a um desconhecido.
“A doação é simples, rápida, a alta é rápida também. E assim: a doação não vale só para salvar alguém, como também ajuda a gente a se manter bem, se manter mais vivo”, diz Ivan.
Esse gesto de amor ao próximo mudou a vida da Giovana Mergen. Em julho, o Ivan e a Giovana se conheceram. E, agora, são parte de uma mesma família.
“Depois que eu recebi a medula, esse foi o melhor momento do meu tratamento, foi o que eu mais esperava, que foi conhecer o meu irmão de sangue. Então, ele é a melhor pessoa que existe na minha cabeça e eu o amo ele”, diz Giovana Mergen, transplantada.
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