Outras cidades da região também enfrentam problemas de baixo estoque de vacinas básicas. Criança recebendo vacina contra o sarampo
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Taubaté e Jacareí estão sem estoque de vacinas contra catapora e tetraviral, que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela (catapora). A informação foi confirmada pela TV Vanguarda nesta sexta-feira (29).
A vacina tetraviral protege contra a caxumba, rubéola, catapora e sarampo, sendo aplicada em crianças com um ano e três meses. Já a varicela, corresponde à segunda dose da imunização contra a catapora, e deve ser aplicada em crianças entre 2 e 4 anos de idade.
As duas vacinas fazem parte do calendário de vacinação infantil e são fundamentais para a proteção contra essas doenças. Elas são disponibilizadas pelo Governo Federal em todo o país, de forma gratuita.
Vacinas de tetraviral e contra sarampo estão em falta; entenda
Em Jacareí, as vacinas contra a catapora – também chamada de varicela – e a tetraviral começaram a faltar no fim de agosto e o estoque acabou de vez agora em setembro.
O mesmo problema tem sido enfrentado em outras cidades da região. Em Caçapava, a vacina contra a varicela está em falta e a tetraviral com baixo estoque.
Já em Taubaté, a vacina contra a varicela também acabou e a tetraviral está em falta há dois anos.
Imagem de arquivo – Jacareí e Taubaté estão sem estoque de vacina contra catapora e sarampo; entenda.
Freepik/Divulgação/Prefeitura de Cubatão
Qual o motivo da falta de vacinas?
Em nota, o Ministério da Saúde disse que em março a Anvisa enviou um ofício onde recomendava a interrupção da distribuição das vacinas tetra viral e monovalente, contra a varicela. A recomendação foi motivada por modificações identificadas no processo de fabricação das vacinas.
No entanto, considerando a situação crítica dos estoques, consultou os demais produtores da vacina com registro válido no Brasil, mas eles informaram a incapacidade de fornecimento no cronograma necessário.
Após minuciosa reavaliação, a diretoria colegiada da Anvisa deliberou, em 24 de julho, pela aprovação do pedido excepcional para importação e distribuição dos lotes das vacinas.
Até a publicação desta reportagem, o Ministério da Saúde não havia informado qual o prazo estimado de quando novos estoques dessas vacinas serão disponibilizados.
Já a Anvisa informou que houve uma mudança no processo produtivo da vacina por parte do fabricante, o que requer avaliação. A alteração será avaliada assim que for submetida, mas a agência não explicou que mudança é essa e nem quando novos estoques serão liberados.
A Fiocruz explicou que as vacinas são fruto de processo de transferência de tecnologia da farmacêutica GSK, que fez uma melhoria nesse processo e ainda aguarda aprovação da Anvisa.
Segundo a Fiocruz, novas doses devem ser entregues ao Ministério da Saúde até dezembro.
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