VÍDEO: Homem é preso ao se masturbar com pênis à mostra e assediar passageiras dentro de ônibus no litoral de SP


Crime aconteceu na noite desta sexta-feira (27), em um ônibus que fazia o trajeto de Bertioga até São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo. Duas mulheres, uma delas acompanhada da filha de 3 anos, foram vítimas de importunação sexual. Homem é preso ao se masturbar com pênis à mostra e assediar passageiras dentro de ônibus
Um homem foi preso em flagrante na noite desta sexta-feira (27) depois que, dentro de um ônibus, assediou passageiras e se masturbou com o pênis à mostra olhando para as vítimas. Uma das passageiras que estava sofrendo o assédio pegou o celular e fez o flagrante (veja vídeo acima).
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O caso aconteceu dentro de um ônibus da empresa do grupo Litorânea-Pássaro Marron, no trajeto de Bertioga até São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo.
De acordo com o boletim de ocorrência, o assediador é Welton da Silva Nunes Oliveira, de 41 anos. Ele foi preso em flagrante por importunação sexual.
Duas mulheres prestaram queixa na delegacia, após serem vítimas do assédio dentro do ônibus. Uma delas estava acompanhada da filha de apenas três anos, quando relata ter sido alvo de Welton.
Para a polícia, as vítimas narraram as diversas formas de importunação que sofreram, sendo perseguidas pelo homem dentro do ônibus, que além de se masturbar em público, tentava tocá-las, sentar ao lado delas, oferecia dinheiro e chegou a passar a mão na perna de uma das vítimas e a puxar o cabelo das mulheres (veja vídeo abaixo).
Além de se masturbar, homem ofereceu dinheiro e tentou tocar passageiras dentro de ônibus
Segundo o boletim de ocorrência, para os policiais, Welton não negou o crime, disse que a vítima estava “xavecando” e “dando mole” para ele. O preso afirmou ainda que colocou o pênis para fora, pois achava que uma das vítimas iria até o banheiro “fazer uma coisa para ele”.
Pauleteh Araújo foi uma das vítimas de importunação.
Arquivo pessoal
Medo e revolta
A assessora parlamentar Pauleteh Araújo, de 28 anos, foi uma das vítimas que denunciou o caso na Polícia Civil e foi quem conseguiu registrar em vídeo a importunação no coletivo.
Pauleteh conta que antes do ato obsceno, o homem já a estava assediando no ônibus, chegando a oferecer, de forma insistente, dinheiro para que ela deixasse ele tocá-la ou sentar ao lado dela.
“Assim que eu entrei no ônibus, ele começou a me assediar. Sentei, ele começou a tentar sentar do meu lado e eu evitando. Depois que percebi que era um assédio. Ele mexia nas partes íntimas, tirou R$ 100 da carteira e tentou me oferecer, falando que ‘nunca foi tão fácil’ conseguir o dinheiro”, narra.
Ainda segundo a assessora, o homem continuou a perseguindo e quando ela descobriu que havia outras vítimas, inclusive uma criança, decidiu pedir ajuda para o motorista.
“Fui ao motorista para relatar o que estava acontecendo, ele prontamente parou o ônibus no primeiro posto de polícia, relatou o ocorrido na base e ficamos aguardando duas horas a chegada de uma viatura. Depois fomos todos para a delegacia de Bertioga, onde fizemos o boletim de ocorrência e ele ficou preso”, contou.
Pauleteh Araújo foi uma das vítimas de importunação sexual.
Reprodução
Coragem para denunciar
Pauleteh afirma que nunca havia passado por uma violência como essa e que se sentiu impotente, mas que precisava fazer algo, pois não acreditava que o homem poderia sair impune.
“Já passei por diversos tipos de abuso, mas não nesse grau, muito explícito, muita violência. Estou me sentindo extremamente violada, violentada, impotente, de ver um cara fazendo isso dentro de um ônibus lotado, sem pudor nenhum. É uma sensação de impotência e de ódio”, afirmou.
A vítima destaca que mesmo perplexa diante da situação, encontrou forças para denunciar a importunação. Ela espera que ao expor o caso, outras mulheres tenham coragem para também buscar ajuda e Justiça.
“Ele só ficou preso em flagrante porque eu tinha um vídeo em que ele estava com o órgão genital para fora. Infelizmente, nossa palavra não vale muito. Eu tinha medo de levar o caso à frente, mas o vídeo foi uma prova do que sofremos”, declarou.
“Expor a situação é importante para encorajar outras mulheres a denunciar, não se calar, filmar, obter provas. Isso é crime, é absurdo, não pode se repetir. Precisamos lutar juntas”, completou.
Caso foi registrado na Delegacia Sede de Bertioga, SP
Divulgação/ Polícia Civil
O que dizem os envolvidos
O g1 acionou a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública sobre o caso e aguarda retorno.
A reportagem não conseguiu contato com Welton da Silva Nunes Oliveira. A reportagem será atualizada caso ele ou a defesa se manifeste.
O portal também acionou a empresa de ônibus do grupo Litorânea-Pássaro Marron, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
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