Veja como estão as obras das casas que serão entregues para vítimas do temporal histórico em São Sebastião, SP


Previsão da CDHU é iniciar transferência das primeiras famílias antes do Natal. Conjuntos habitacionais estão em fase final de construção nos bairros Baleia Verde e Maresias. Conjunto habitacional em Maresias, São Sebastião, está em fase final de obras
João Mota/TV Vanguarda
As obras para entrega de casas para vítimas do temporal histórico que atingiu São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, em fevereiro deste ano, estão em fase final. A previsão, segundo o Governo de São Paulo, é que as primeiras famílias sejam transferidas até o Natal.
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São 704 moradias no total, divididas nos bairros Baleia Verde – 518 unidades de 41 metros quadrados – e Maresias – 186 unidades de 44 metros quadrados.
De acordo com o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Sílvio Ambrósio, os dois conjuntos habitacionais estão quase prontos.
“No Baleia Verde, já temos apartamentos em condição de uso. Estamos fazendo em conjunto a parte externa e de infraestrutura do empreendimento. Também existe a necessidade da implementação da rua de acesso, que está por conta da prefeitura”, disse.
“Em Maresias, o ritmo está bastante forte. Temos lá quatro prédios que estão prontos por dentro. Estamos executando parte externa, pavimentação do estacionamento, paisagismo”, explicou.
Conjunto habitacional em Maresias, São Sebastião, está em fase final de obras
João Mota/TV Vanguarda
O projeto para construção dos imóveis começou há quase dez meses, quando milhares de moradores ficaram desabrigados por conta da tragédia.
Atualmente, cerca de 300 pessoas estão divididas entre um condomínio em Bertioga, na casa de parentes ou na vila de passagem que foi construída no bairro Topolândia.
Outros 1,3 mil moradores continuam na Vila Sahy e vivem a expectativa pela definição do futuro. Na terça-feira (6), uma audiência foi realizada após pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para remoção imediata dos moradores das áreas de risco da vila.
De acordo com Ambrósio, a mudança das famílias para as unidades será escalonada. A previsão é que a transferência seja concluída em janeiro.
“Vamos iniciar o processo de mudança ainda esse ano, antes do Natal, e ao longo de janeiro a gente preenche o condomínio inteiro”, afirma.
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Obras atrasam e Tarcísio estabelece dezembro como novo prazo para entrega de casas para vítimas da chuva em São Sebastião
Prazos
Desde o anúncio do projeto para construção dos conjuntos habitacionais, o Governo de São Paulo comunicou diferentes prazos para entrega das moradias.
A primeira promessa aconteceu no dia 13 de março, quando o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deu prazo de 150 dias para a mudança dos moradores. Esse período terminaria em agosto.
Depois, o governo anunciou, por meio do site, que a entrega das moradias aconteceria em outubro. No fim do mês, porém, o governador visitou a região e informou que a conclusão das obras aconteceria em dezembro.
Na ocasião, Tarcísio de Freitas justificou que a gestão preferiu terminar totalmente as obras para dar início às mudanças.
Presidente da CDHU, Sílvio Ambrósio afirma que o planejamento foi modificado por conta das chuvas frequentes que atingiram São Sebastião neste ano.
“A gente teve muita dificuldade nesse processo todo por conta da ocorrência de chuvas. Tivemos praticamente 50% dos dias chovendo durante o processo.”
Casas demolidas na Vila Sahy, em São Sebastião, SP
Arquivo pessoal
Novas moradias
Além dos conjuntos habitacionais dos bairros Baleia Verde e Maresias, o Governo do Estado de São Paulo anunciou outros dois empreendimentos.
O primeiro será construído no bairro Topolândia, com estimativa de 265 unidades. A previsão que é o conjunto fique pronto em dezembro de 2026. A CDHU prevê definir a empresa responsável pela obra até o fim do ano.
O segundo ficará no Camburi e terá 324 unidades. Neste caso, a previsão de entrega está prevista para maio de 2027.
Deslizamento em São Sebastião
Amanda Perobelli/Reuters
Tragédia
As obras para construção de novas moradias para a população de São Sebastião começaram após as chuvas históricas que atingiram o Litoral Norte de SP no final de semana do carnaval, em fevereiro. A tragédia deixou 65 mortos na região, sendo 64 em São Sebastião e um em Ubatuba.
Além das vítimas fatais, dezenas ficaram feridas e mais de mil desabrigadas ou desalojadas. Rodovias foram bloqueadas e casas ficaram destruídas após o temporal, que causou deslizamentos de terra na região.
As chuvas começaram em um sábado (dia 18). Durante a noite, ela já era muito forte e não parou mais. Por conta disso, a maioria dos estragos começou já na madrugada de domingo (19).
Relembre o que aconteceu clicando aqui.
Defesa Civil e Corpo de Bombeiros procuram possível última vítima de tragédia em São Sebastião, SP
Peterson Grecco/TV Vanguarda
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