Índice de crianças e adolescentes na pobreza diminui 9,9% entre 2019 e 2023 no Amazonas, aponta Unicef


De acordo com o levantamento, 1.092 crianças e adolescentes viveram na pobreza no Amazonas, em 2023. Em 2023, extrema pobreza será reduzida a menos de 2% da população, graças ao Novo Bolsa Família, calcula estudo. Mas os extremamente pobres restantes ainda serão 75% negros
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL via BBC
O índice de crianças e adolescentes vivendo na pobreza recuou de 88,6% em 2019 para 78,7% em 2023, no Amazonas, apontam dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A diminuição entre os anos foi de 9,9%.
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De acordo com o levantamento, 1.092 crianças e adolescentes viveram na pobreza no Amazonas, em 2023. O levantamento usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, e ultrapassa o critério apenas da renda familiar. São sete pontos avaliados:
💰 Renda;
📘 Educação;
🌐 Acesso à informação;
💧 Água;
🚿 Saneamento;
🏡 Moradia;
🧒🏻 Proteção contra o trabalho infantil.
O estudo aponta ainda que 10,2% das crianças estavam privadas de educação; 10,4% estavam privadas de informação; 4,8% estavam em situação de trabalho infantil; 26,4% privadas de moradia; 14,8% não tinham acesso a água; 60,2% sem acesso a saneamento, além de 35% privadas de renda.
Dados no Brasil
Em todo o Brasil, o número de crianças e adolescentes vivendo na pobreza recuou de 34,3 milhões em 2017 para 28,8 milhões em 2023, segundo os dados divulgados pela Unicef. A comparação representa uma melhora de 16% no indicador, mas indica um caminho longo a percorrer.
Os 28,8 milhões de 2023 representam 55,9% da população de 0 a 17 anos do país. Ou seja: mais da metade dos jovens brasileiros ainda vivem o que o Unicef chama de “pobreza em suas múltiplas dimensões”.
Os estados que apresentaram os piores índices de privação foram:
Pará: 89,5% das crianças e adolescentes
Maranhão: 88,6%
Rondônia: 88,1%
Amapá: 88%
Já São Paulo (31,8%), Distrito Federal (34,1%) e Minas Gerais (38,3%) estão entre as unidades da federação com as melhores porcentagens do país.
Em 2023, seis dos 27 estados possuíam mais de 80% das crianças com privação de algum dos direitos fundamentais. Todos os seis estados estão nas regiões norte (Pará, Rondônia, Amapá e Acre) e nordeste (Maranhão e Piauí).
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