Cidades piracicabanas registaram mais de 77 mil casos em 2024, 1.139% a mais do que em 2023. Verba faz parte do novo Centro de Operações de Emergências contra o mosquito. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, nesta quinta-feira (23), que serão repassados R$ 8,7 milhões para o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Piracicaba combater o avanço da dengue.
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A verba faz parte do Centro de Operações Emergências (COE), nova medida do Governo do Estado de São Paulo para centralizar o planejamento e o acompanhamento das ações contra o mosquito Aedes aegypti.
Além da dengue, os repasses apoiarão os municípios paulistas no enfrentamento de outras arboviroses transmitidas pelo mesmo mosquito, como Zika e Chikungunya.
Dengue na região
O DRS de Piracicaba registrou 77.038 casos de dengue em 2024. O número representou aumento de 1.139% em comparação a 2023, quando houve 6.215 casos. As informações são da SES.
Piracicaba, a maior cidade da região, teve 29.441 casos confirmados de dengue em 2024, com 16 mortes, de acordo com a Vigilância Epidemiológica do município. Em 2023, foram 2.956 registros e 3 mortes. A cidade ainda enfrenta dificuldade para vistoriar casas e índice de pendência chega até 50%. Saiba mais aqui.
mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
Freepik
Cenário paulista
Segundo o governo de São Paulo, o estado registrou 31 municípios em estado de emergência, 29.604 casos de dengue e seis óbitos confirmados até esta quarta-feira (22).
Os casos paulistas chamaram a atenção das autoridades em saúde para o risco de uma nova epidemia da dengue em 2025.
Vacina
O Instituto Butantan desenvolveu a vacina Butantan-DV contra a dengue e começou a fabricar as primeiras doses. Mas ainda há um tempo para que as vacinas cheguem aos postos de saúde. Isso porque a fábrica que produz o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina não foi inaugurada.
Instituto Butantan aguarda aprovação da Anvisa para vacina contra a dengue
Reprodução/TV Globo
As pesquisas do Instituto Butantan apontam que a taxa de eficácia geral do imunizante ficou em 79,6%. Já para os casos mais graves da doença é de 89%. A vacina protegerá dos quatro tipos da doença por pelo menos cinco anos.
“Essa vacina Butantan-DV traz dois grandes benefícios demonstrados pelos estudos que a gente fez. Primeiro é uma carapaça de proteção do sistema de defesa, que depois que o Aedes aegypti pica, o mosquito não consegue se multiplicar ali no subcutâneo, embaixo da pele da pessoa. O segundo é que mesmo que isso aconteça, há uma redução muito significativa de desenvolver formas graves da doença”, informa o diretor do Instituto Butantan Esper Georges Kallás
Instituto Butantan começa a produzir primeiras doses da vacina contra a dengue em SP
TV Globo
O imunizante da dengue produzida pelo Instituto Butantã foi feito em ambiente controlado e sem manipulação humana. Todos os documentos já foram entregues e ele depende da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A previsão do Instituto Butantan é produzir um milhão de doses da vacina contra a dengue em 2025. Até 2027, a previsão é de 100 milhões de doses.
Testes rápidos
A SES disse que está previsto o envio de mais de 2 milhões de testes rápidos de dengue aos municípios de São Paulo. Eles serão encaminhados para os grupos de vigilância epidemiológica, que farão a distribuição para os municípios.
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