Relatório aponta perda de controle na queda do avião em Gramado

Avião que caiu em Gramado no dia 22 de dezembro não tinha caixa-pretaRBS TV/Reprodução

Um relatório preliminar do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) identificou as possíveis causas do acidente aéreo que resultou na morte do empresário Luiz Cláudio Galeazzi e outras nove pessoas em Gramado, no dia 22 de dezembro. 

Foram levantadas duas hipóteses. A primeira foi classificada como voo controlado contra o terreno (CFIT, na sigla em inglês, que significa “Controlled Flight Into Terrain“). Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o CFIT acontece quando uma aeronave, apesar de ter seus sistemas e equipamentos funcionando e estando sob o controle do piloto, colide com o solo, água ou algum obstáculo.

Possíveis causas

De acordo com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Força Aérea Brasileira, esse tipo de acidente pode ser causado por uma falha do piloto, sem conseguir perceber corretamente a posição da aeronave em relação ao solo ou obstáculos. No momento da decolagem do avião, foi relatado que havia neblina no céu, o que pode ter atrapalhado a visão do piloto.

A segunda causa identificada foi a perda de controle em voo (LOC-I, na sigla em inglês), conhecido como “Loss of Control in-Flight”, que se caracteriza por uma mudança extrema na trajetória da aeronave.

O acidente também deixou outras 17 pessoas feridas. Duas mulheres, de 51 e 56 anos, seguem internadas em estado estável. Nesta segunda-feira (27), uma delas foi transferida para a enfermaria de queimados do Hospital Cristo Redentor. Já a outra permanece internada no Hospital de Pronto Socorro (HPS), ambos em Porto Alegre.

Vítimas

Na época do acidente, a Polícia Civil informou que as vítimas da queda do avião são o empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, e 9 familiares dele: a mulher, três filhas, a sogra, a irmã, o cunhado e dois sobrinhos. Em nota à imprensa, a Galeazzi & Associados afirma que um dos mortos é Bruno Cardoso Munhoz Guimarães, diretor da empresa. 

As dezessete pessoas que estavam em solo e que sofreram ferimentos foram levadas para atendimento médico. O governo do estado informou que a maior parte dos feridos precisou de atendimento por ter inalado fumaça.

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