Programa de hortas comunitárias da Copel ganha seis novas unidades


Iniciativa assegura preservação das faixas de segurança das linhas de transmissão e serve de fonte de renda para os participantes Para 2.500 moradores de centros urbanos paranaenses, o contato com a natureza e a oportunidade de cultivar alimento saudável para toda a família já é uma realidade, e está bem perto de casa. O programa Cultivar Energia, que promove a implantação de hortas comunitárias em terrenos sob as linhas de alta tensão da Copel, teve seis novas unidades implantadas ao longo de 2024, chegando a 24 hortas, e dez municípios diferentes.
Nestes espaços, cerca de 650 famílias produzem alimentos sem agrotóxicos, usados para consumo próprio e também para venda, gerando renda e qualidade de vida. Em operação desde 2013, o programa está presente hoje em Almirante Tamandaré, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Siqueira Campos e Umuarama.
As prefeituras que adotam o programa Cultivar Energia fornecem assistência técnica para a agricultura urbana. A Copel cede o uso do espaço, realiza a limpeza do local, instala cercas e fornece orientação contínua sobre segurança.
Relacionamento com a comunidade
Para muitos moradores, a presença de uma horta comunitária no bairro é uma oportunidade de transformar a rotina, retomando o contato com a natureza e fortalecendo os laços sociais dentro da comunidade.
É o que relata a aposentada Leonor Rodrigues da Silva, que participa das atividades em uma unidade instalada no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), inaugurada em 2023.
Ela conta que uma de suas primeiras atividades foi aprender a fazer adubo orgânico por meio de compostagem, e comemora a chance de ter mais convivência com os moradores da comunidade: “Eu gosto muito. Enquanto eu puder, eu venho”, afirma.
Um dos moradores que se mobilizaram para a implantação da horta na CIC, Admar Augusto Calixto, passa as manhãs cuidando dos canteiros onde planta ervas medicinais, um hábito que ele considera bom para o corpo e a mente. “Trabalhar aqui é muito bom para a saúde”, resume.
Na rotina de manejo, os horticultores têm como obrigação respeitar normas de segurança como, por exemplo, não trabalhar na área em dias chuvosos, não usar fios metálicos nos canteiros e não permitir que as plantas cultivadas ultrapassem dois metros de altura.
Segurança da rede de energia
Além da produção de verduras, legumes e até flores nos canteiros, a ocupação dos espaços pelas hortas comunitárias contribui ainda para a manutenção e limpeza das faixas de segurança sob as linhas de alta tensão, evitando que estas locais se tornem alvo de descarte de resíduos ou de queimadas, por exemplo.
Rafael Garcia Carmona, assistente social da Copel, lembra que esse tipo de cuidado beneficia a sociedade como um todo, ao evitar um impacto ambiental negativo e, ainda, evitar que ocorram desligamentos. “Um dos objetivos é assegurar a preservação das faixas de segurança das linhas de transmissão, algo muito importante para o setor elétrico”, expõe.
“Acredito que o programa está, a cada ano, obtendo mais espaço e conhecimento da comunidade em geral”, afirma Regivaldo Anastácio, técnico administrativo da Unidade de Sustentabilidade de Londrina e um dos coordenadores das atividades de implantação e manutenção das hortas. “Temos perspectivas para mais hortas em São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Londrina e Francisco Beltrão”, adianta.
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