PM morto em ação no Complexo de Israel sobreviveu a 7 tiros de bandidos que o reconheceram em padaria há 10 anos


Policial estava em padaria quando local foi invadido por assaltantes. Na ocasião, houve troca de tiros e o tenente Marcos José Oliveira de Amorim tomou 7 tiros. PM Marcos José Oliveira de Amorim
Reprodução
O tiro que matou o 1º tenente da Polícia Militar Marcos José Oliveira de Amorim, na sexta-feira (31), no Complexo de Israel, não foi o primeiro que atingiu o PM de 33 anos.
Há quase 10 anos, em 22 de fevereiro de 2015, o policial Amorim estava em uma padaria quando o local foi invadido para um roubo por assaltantes. O tenente foi reconhecido pelos bandidos dando início a uma troca de tiros. O tenente levou 7 tiros na ocasião.
Chegou a ser tornar inapto para operações, mas se recuperou e fez concurso para se tornar oficial da corporação.
Passou em todas as disciplinas, mas foi reprovado pela Polícia Militar no teste de saúde. Recuperou-se e obteve a vaga ao entrar na Justiça e comprovar que estava em condições de exercer a carreira como oficial da corporação.
Na ocasião, a desembargadora Regina Lúcia Passos, relatora do processo, escreveu que o policial não podia ser impedido da progressão na carreira já que havia sido aprovado em todas as fases do concurso para oficial, mas reprovado no teste de saúde, apesar de já estar curado dos ferimentos ocasionados pelos sete disparos e de atuar em operações nas ruas.
A desembargadora escreveu:
“Ora, não é razoável que um curso oferecido pela própria Polícia Militar tenha previsão de reprovação de candidato no exame de saúde que apresente as lesões descritas no edital, e, pasmem, mesmo que esteja curado e não tenha sequelas que impeçam sua atividade profissional.”
Morte em operação
Polícia faz operações em diferentes pontos da Região Metropolitana
Na sexta-feira (31), porém, um único tiro foi fatal. Amorim fazia um patrulhamento na favela Furquim Mendes, uma das comunidades do complexo, quando foi surpreendido por bandidos armados (veja na reportagem acima mais sobre a operação).
O tenente tinha 13 anos de Polícia Militar. Entrou na corporação com 20 anos, em 2011.
Amorim é o segundo policial militar morto em operação no Grande Rio em 2025. Em 2024 foram 10. Ao menos outros três policiais também morreram vítimas da violência, em outras situações: dois foram executados, em Mesquita e Duque de Caxias, e um sofreu um latrocínio, no Aterro do Flamengo.
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