Um casal foi preso no Piauí sob acusação de envenenar oito pessoas, incluindo duas crianças e uma vizinha. Maria dos Aflitos, detida na última sexta-feira (31), confessou ter envenenado Maria Jocilene da Silva para tentar inocentar Francisco de Assis, seu companheiro, quejá estava na cadeia sob suspeita de envolvimento em sete mortes anteriores.
As investigações indicam que Francisco demonstrava desprezo pelos netos e possuía possível obsessão por ideais nazistas. A polícia encontrou terbufós, um pesticida, na residência do casal e no café ingerido por Jocilene. O casal responderá pelas oito mortes.
O delegado regional de Parnaíba, Williams Pinheiro, afirmou que a polícia investiga outras mortes ligadas à família.
“Maria dos Aflitos teve um relacionamento passado, o marido veio a óbito, e vamos estar com uma linha de investigação para saber o que aconteceu, se foi uma morte natural ou não. Estamos fazendo levantamentos de boletins, histórico do passado, ouvindo a vizinhança. Também houve um genro da Maria dos Aflitos, marido da filha dela (Francisca), que veio a falecer”, explicou durante entrevista coletiva realizada na segunda-feira (3).
“Temos que fazer essa análise, porque todos moravam juntos na mesma casa, na época, se há a possibilidade da gente fazer uma exumação do cadáver e se há possibilidade de identificar alguma coisa de veneno”, completou.
Investigação
As autoridades apontam que as mortes ocorreram de maneira meticulosa e investigam se o casal premeditou os crimes. O delegado Abimael Silva destacou que há semelhanças entre este caso e outros crimes familiares amplamente divulgados.
“Eles lograram êxito no plano que eles tinham desde o início. Esse plano macabro de eliminar toda a família com o intuito egoístico de ficarem só, assim como ocorreram crimes da mesma natureza de homicídio dentro da família como o da Suzane von Richthofen e os casos da Isabella Nardoni e Henry Borel”, afirmou.
A polícia aguarda o resultado de perícias para determinar se há conexão entre as mortes investigadas e os crimes atribuídos ao casal.
O Portal iG – Último Segundo entrou em contato com a Polícia Civil de Parnaíba, mas não obteve retorno nem por telefone e nem por WhatsApp. Caso haja posicionamento por e-mail, a reportagem será atualizada.
