O jornal italiano “Corriere della Sera” publicou recentemente um trecho da autobiografia do Papa Francisco em que o pontífice revela ter sido alvo de uma tentativa de assassinato em março de 2021, durante viagem ao Iraque. No texto, o papa diz que recebeu alerta da polícia sobre o risco logo após chegar em Bagdá, capital do Iraque. Segundo as forças de segurança, dois homens-bombap planejavam praticar o atentado em um dos eventos da visita da autoridade religiosa. O Vaticano foi informado dos planos terroristas pela inteligência britânica. Francisco foi o primeiro papa a pisar no Iraque e a passagem por Mossul, segunda maior cidade do país, foi cercada de tensão por ter sido uma região de controle do Estado Islâmico entre 2014 e 2017. Segundo o líder religioso, os extremistas que planejaram o atentado “não existem mais”. “A polícia iraquiana os interceptou e explodiu”, escreveu. O papa Francisco está no cargo desde 2013. Nesses 11 anos, promoveu reformas importantes na Igreja Católica. Uma delas aconteceu neste ano com o objetivo de simplificar e flexibilizar os ritos funerários papais. O Sumo Pontífice deu aval para as mudanças no dia 20 de novembro e elas constam do livro litúrgico que foi aprovado pelo líder religioso em 29 de abril. O principal ponto das novas regras é a permissão para que o sepultamento dos papas aconteça fora do Vaticano, cidade-estado que é a sede da Igreja Católica.
O Papa Francisco já externou o desejo de ser enterrado em uma caixão simples de madeira na basílica de Santa Maria Maggiore (foto), em Roma. A maioria dos pontífices foram sepultados sob a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Dessa forma, ele seria o primeiro Papa a ser sepultado em outro local desde Leão XIII, em 1903. O Papa Francisco tem buscado novas interlocuções e também reformas. Em abril, o livro “El sucessor”, do jornalista espanhol Javier Martinez-Brocal, lançado na Europa, já havia revelado a vontade do pontífice de simplificar os funerais dos papas, incluindo o seu próprio.Aos 88 anos e mesmo convivendo com problemas de saúde, o Papa Francisco fez neste ano a mais longa viagem de seu pontificado, iniciado em 2013. O líder da Igreja Católica visitou por 12 dias de setembro regiões do sudeste asiático e do pacífico sul. Quatro países compuseram o roteiro papal: Papua Nova Guiné, Timor Leste, Indonésia e Singapura.
Na viagem, o pontífice esteve acompanhado de duas enfermeiras e um médico, dada a agenda exaustiva e sua idade avançada. O Papa Francisco nasceu em 17 de dezembro de 1936 e foi batizado como Jorge Mario Bergoglio. Ele é o 266º Papa da Igreja Católica e líder mundial da Igreja desde março de 2013, quando sucedeu o Papa Bento XVI, que renunciou ao posto.Antes de se tornar Papa, ele serviu como arcebispo de Buenos Aires e como cardeal da Igreja Católica. Sendo argentino, ele é o primeiro Papa nascido fora da Europa e o primeiro Papa jesuíta da história da Igreja Católica.Uma das características marcantes de Francisco é sua abordagem pastoral e seu compromisso com os pobres e marginalizados. Ele frequentemente enfatiza a importância de uma igreja que esteja próxima das pessoas e que se envolva ativamente em questões sociais.Francisco adotou um estilo de vida modesto, escolhendo viver em quartos simples no Vaticano em vez do Palácio Apostólico, e é conhecido por usar roupas menos elaboradas do que seus antecessores.O Papa também é conhecido por sua abordagem inclusiva. Ele tem enfatizado a compaixão e a misericórdia, buscando uma igreja mais acolhedora e próxima das pessoas.Francisco frequentemente fala sobre temas como a importância da família, a paz mundial, a justiça social e a proteção do meio ambiente.Além disso, Francisco também tem sido um defensor ativo do diálogo inter-religioso e da reconciliação entre diferentes grupos.Em uma decisão histórica, em dezembro de 2023, Francisco autorizou que casais do mesmo sexo pudessem receber a bênção nas igrejas católicas.Na vida pessoal, Francisco é um amante de futebol, tango e literatura. Ele também é apaixonado por Dostoievski, Borges e outros autores clássicos.