Fazenda vê ‘impacto limitado’ de tarifaço dos EUA sobre aço, alta menor do PIB e inflação próxima de 5% em 2025

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou nesta quinta-feira (13) documento que traz perspectivas para o ano de 2025, no qual avalia que a economia brasileira deverá desacelerar e que a inflação continuará estável, próxima de 5% neste ano.
Além disso, avalia que as tarifas de importação sobre ferro, aço e alumínio, dos Estados Unidos, “devem exercer impacto limitado nas exportações brasileiras, se efetivamente implementadas”.
Nesta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 12 de março, o que gerou preocupações do setor produtivo e do governo brasileiro.
“As exportações brasileiras de produtos de ferro, aço e alumínio para os Estados Unidos corresponderam a apenas 1,9% do valor total exportado pelo Brasil em 2024, mas a cerca de 40,8% do valor total de ferro, aço e alumínio exportado. Nesse sentido, tarifas de 25% sobre importações de produtos de ferro, aço e alumínio devem ter impactos relevantes na indústria de metalurgia, porém limitados no total das exportações e no PIB brasileiro”, informou
Para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, o Ministério da Fazenda reduziu sua projeção de 2,5% para 2,3%. Em 2024, a expectativa do mercado financeiro é de que a economia brasileira tenha crescido cerca de 3,5%. O resultado do PIB do ano passado será divulgado no começo de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o crescimento da inflação, o Ministério da Fazenda revisou sua projeção de 3,6% para 4,8% em 2025. Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, deve registrar estabilidade frente ao ano passado, quando avançou 4,83%.
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