
Às vésperas de uma possível denúncia contra golpe de estado, núcleo bolsonarista avalia que ex-presidente perderá influência eleitoral no país. O ex-presidente Jair Bolsonaro participou na tarde de terça-feira (11), da abertura oficial do XIV Salão Nacional e Internacional das motopeças na Zona Norte de São Paulo
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
As vésperas do julgamento que decidirá pela denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022, aliados fazem as contas.
Pessoas próximas a Bolsonaro temem o abandono e a perda de influência eleitoral após uma condenação considerada quase certa pelo núcleo duro da família a mais de um ano antes do pleito.
Entre terça (25) e quarta-feira (26), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) realizará três sessões para decidir se aceita a denúncia contra Bolsonaro e os demais acusados.
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Para esses aliados, incluindo membros do Centrão, Bolsonaro não tem saída jurídica, apenas política e, principalmente, internacional: “Trump”.
Um líder do Centrão afirmou: “Eles não têm mais como atuar no Brasil. Se não for Trump, acabou. Por isso, Eduardo ter ido foi a cartada final”.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se afastou do cargo na Câmara dos Deputados uma semana antes do julgamento, anunciando que deixaria o Brasil para morar nos Estados Unidos.
No anúncio de sua saída, o parlamentar fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga o pai e disse temer ser preso, apesar de não ser alvo da investigação.
Ministros ouvidos pelo blog avaliam que a mudança de Eduardo para os EUA pode indicar uma possível fuga do pai para o país.
Primeira Turma do STF vai julgar dia 25/3 a denúncia contra o ex-presidente Bolsonaro e mais sete acusados por tentativa de golpe de Estado