Mãe denuncia morte de bebê antes do parto por suposta negligência no hospital do Gama


Apesar de contrações e pressão alta, mulher foi liberada após consulta médica. Pelo menos outros seis casos semelhantes foram registrados por famílias do DF entre maio e junho deste ano. Hospital Regional do Gama
TV Globo/Reprodução
Uma mãe denuncia a morte de um bebê por suposta negligência após atendimento no Hospital Regional do Gama (HRG), no Distrito Federal. A família aguarda a necrópsia do feto para saber as causas da morte, na última sexta-feira (16). Pelo menos outros seis casos de negligência médica foram registrados por famílias da capital entre maio e junho deste ano (veja detalhes abaixo).
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De acordo com a mulher, na quarta-feira (14), ela procurou atendimento por estar sentindo contrações e picos de pressão. No entanto, ela foi encaminhada para casa após consulta médica. Segundo a denúncia, o profissional afirmou que “o coração da bebê estava ótimo e que era pra ela retornar ser tivesse sangramento, perda de líquido ou contração de 5 em 5 minutos”.
Na sexta-feira (16), ao procurar atendimento na UBS da Cidade Ocidental, em Goiás, a mãe foi informada que o coração do bebê não estava mais batendo. Em seguida, ela voltou ao Hospital do Gama, onde a morte da criança foi constatada.
O g1 questionou a Secretaria de Saúde sobre o caso, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Nesta terça-feira (20), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Câmara Legislativa realiza uma diligência no HRG. A comissão cobra:
contratação de mais profissionais;
treinamento e reciclagem dos profissionais de saúde em práticas clínicas;
melhoria nos processos de comunicação entre médicos e pacientes;
implementação de um sistema de monitoramento e avaliação contínua da qualidade dos serviços prestados;
reforço das políticas de saúde para garantir que todos os pacientes recebam cuidados médicos adequados e respeitosos;
esclarecimentos acerca dos encaminhamentos dados ao caso em até 30 dias.
Outros casos
Entre maio e junho deste ano, uma série de casos de mortes de crianças foram registradas na rede pública de saúde da capital. À época, as famílias acusaram negligência e “sucateamento” da saúde pública.
Entre as vítimas, estão:
ENZO GABRIEL: Menino de 1 ano morreu em 14 de maio, na Upa do Recanto das Emas, após esperar mais de 12 horas por uma ambulância;
JASMINY: Bebê de 1 mês morreu por falta de atendimento apropriado na UPA do Recanto das Emas, em 14 de abril;
ANNA JÚLIA: Menina de 8 anos morreu no dia 17 de maio após peregrinar por quatro unidades de Saúde;
AURORA: Recém-nascida que morreu por complicações causadas durante o trabalho de parto;
INGRID: Bebê morreu antes mesmo do parto após mãe ser liberada de hospital;
AYLA: Depois de nascer prematura, menina precisou de oxigênio, mas foi liberada 2 dias depois. Aos 4 dias de vida, ela passou mal e não resistiu.
O g1 demandou a Polícia Civil sobre as investigações dos casos. A corporação afirmou que, por se tratar de menores de idade, não pode passar informações sobre o assunto. A reportagem também entrou em contato com o Ministério Público do DF, mas não obteve retorno.
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