Protesto de trabalhadores atrasa serviço de limpeza pública por 5h em Taubaté


Assembleia foi realizada após a prefeitura admitir uma dívida de R$ 27 milhões junto à EcoTaubaté, que colocou 180 trabalhadores em aviso prévio. Trabalhadores da EcoTaubaté em assembleia
Laurene Santos/TV Vanguarda
Um protesto de trabalhadores da EcoTaubaté, empresa responsável pela limpeza pública na cidade, atrasou por cinco horas o serviço nesta quinta-feira (13). Os caminhões com os funcionários só começou a sair da garagem por volta das 11h.
A assembleia com cerca de 500 trabalhadores foi realizada após a prefeitura admitir uma dívida de R$ 27 milhões junto à empresa, que colocou 180 trabalhadores em aviso prévio.
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Durante a assembleia, os Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio e Conservação de Taubaté e Região (Siemaco Taubaté) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Vale do Paraíba (STTRVPR) apresentaram uma proposta de redução dos serviços, mas sem demissões até o dia 24 para uma nova rodada de negociações.
A categoria votou a favor de uma greve. Em seguida, o sindicato fez mais duas votações, todas com resultados favoráveis a paralisação.
Uma hora depois, uma nova proposta foi apresentada aos trabalhadores e, segundo o sindicato, foi aprovada a manutenção dos serviços até a nova rodada de negociações, antecipada para o dia 19. Além disso, foi proposto um plano de demissão voluntária.
A prefeitura confirmou a antecipação da reunião, sem paralisação dos serviços.
Em nota, a EcoTaubaté reforçou que os serviços estão sendo realizados sem prejuízos à população. “Os serviços prestados ao município estão sendo realizados integralmente, conforme contrato, sem prejuízos para a população. A empresa informa ainda que segue negociando com a prefeitura para regularizar a situação”, disse.
Entenda o caso
Logo no início da manhã desta quinta-feira (13), o Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio e Conservação de Taubaté e Região (Siemaco Taubaté) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Vale do Paraíba (STTRVPR) reuniram os trabalhadores na porta da EcoTaubaté.
A ideia era debater propostas de possível greve devido à falta de pagamento por parte da Prefeitura de Taubaté à empresa e o risco de desligamentos. A dívida chega a R$ 27 milhões.
Recentemente, a prefeitura alegou problemas financeiros e afirmou que estava buscando acordos com a terceirizada para evitar interrupções dos serviços. Na última semana, trabalhadores da empresa fizeram um protesto contra possíveis desligamentos.
O contrato da prefeitura com a EcoTaubaté prevê a prestação dos serviços de limpeza pública e manutenções por um período de 30 anos. Nos últimos meses, a administração deixou de fazer os pagamentos e culpou a queda na arrecadação para justificar o calote.
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