Comunidades da zona rural de Juruti comemoram melhoria na qualidade de vida com iniciativas do projeto Ingá


Para os moradores, a chegada de kits de energia fotovoltaica contribuiu entre outras coisas, para a conservação de alimentos. Instalação de placa de energia fotovoltaica em comunidade rural de Juruti
Projeto Ingá / Divulgação
No Oeste do Pará, territórios e comunidades do município de Juruti estão tendo sua realidade transformada de forma positiva por meio do Projeto Ingá (Indicadores de Sustentabilidade e Gestão na Amazônia), que acaba de finalizar segunda fase. Uma das estratégias do projeto, que contribuíram para a melhoria da qualidade de vida dos comunitários a instalação de kits fotovoltaicos.
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Com foco nas pessoas sem acesso à energia, água de qualidade e comunicação, o projeto realizou a entrega e instalação de 30 kits de painéis solares, 30 telefones rurais, 40 kits camelo (purificador de água) e 30 freezers. Os beneficiários receberam treinamento e uma cartilha ilustrativa de “Bom uso de Equipamentos”. O árduo esforço da equipe técnica, que percorreu mais de 500 quilômetros por terra e água para alcançar as comunidades mais distantes, impactou diretamente mais de 160 pessoas.
“A partir de agora vai melhorar muito, na questão do nosso alimento e água, que será armazenado de forma correta. Por todos os kits que nós recebemos, agradeço ao projeto INGÁ e todas organizações parceiras do projeto que vem ajudando o produtor, comunidades e as famílias que precisam”, destacou Claudenira Natividade, beneficiária do projeto no PEAEX Curumucuri.
O projeto Ingá também atuou na formação de capital humano, na proteção e conservação da biodiversidade, restauração de áreas degradadas, apoio ao empreendedorismo e a estruturação do Observatório de Indicadores de Sustentabilidade de Juruti (OISJ), alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Durante 18 meses, o Ingá desenvolveu atividades nos territórios do Projeto de Assentamento Agroextrativista (PEAEX) do Curumucuri, em parceria com a Associação das Comunidades da Gleba Curumucuri (ACOGLEC) e a Cooperativa Mista do Curumucuri; o PEAEX Prudente Monte Sinai, em parceria com a Associação das Comunidades Prudente e Monte Sinai (ACOPRUMS); o Projeto Agroextrativista (PAE) Juruti Velho e a Área de Proteção Ambiental (APA) do Jará, além de ações na área urbana de Juruti.
Formação de capital humano foi uma das iniciativas apoiadas pelo Projeto Ingá
Projeto Ingá / Divulgação
Estar próximo dos beneficiários foi fundamental para o sucesso do projeto e atividades de monitoramento e acompanhamento técnico, que alcançaram mais de 265 pessoas, entregando 70 mil sementes e mudas, abrangendo um território de 169.954,09 mil hectares. Além disso, 1.271 pessoas foram capacitadas em temas como gestão territorial, projetos, sistemas produtivos e mudanças climáticas.
Outras iniciativas
Iniciativas apoiadas pelo Projeto Ingá, também tiveram impacto positivo na vida de moradores das comunidades rurais atendidas.
O Juruti-Up, uma iniciativa do CEA (Centro de Empreendedorismo na Amazônia), promoveu o empreendedorismo sustentável entre os jovens das comunidades e sede de Juruti, com foco na conservação das florestas e uso responsável dos recursos naturais, realizando cinco grandes oficinas técnicas, envolvendo jovens dos territórios PEAEX Curumucuri, Prudente Monte Sinai e PAE Juruti Velho. Como resultado, 452 jovens foram despertados para o empreendedorismo, 8 cadeias de negócios desenvolvidas e 20 negócios foram validados.
Ideias de novos negócios são aprimoradas por jovens juritienses em oficinas do projeto Juruti Up
IJUS / Divulgação
Já o Observatório de Indicadores de Sustentabilidade de Juruti (OISJ), por meio de sua Assembleia Geral, constituiu a Estrutura de Governança, com o Conselho Administrativo e Câmaras Técnicas voltadas para as Dimensões Sociais, Ambientais e Econômicas. Com a participação de 30 organizações da sociedade civil, 18 do poder público e cinco empresas, foi construída a Agenda Municipal de Desenvolvimento Sustentável 2030.
Para fortalecer sua estruturação, um convênio foi assinado com a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), para desenvolver metodologias, capacitações, pesquisas e ferramentas resultando na criação de indicadores voltados para oito temáticas: população, Índice de Desenvolvimento Humano (IDMH), saúde, economia, trabalho e rendimento, finanças públicas, meio ambiente e sustentabilidade, totalizando 35 indicadores que irão ser acompanhados pela plenária do Observatório dos Indicadores de Sustentabilidade de Juruti.
Empreendedorismo Feminino
Com 55 participantes (41 da cidade e 14 da zona rural), o projeto Dona’s, em sua terceira edição, promoveu capacitação em gestão de negócios, finanças, marketing, relacionamento com clientes e gestão de pessoas. Além do conhecimento adquirido, as 20 empreendedoras selecionadas através de critérios técnicos receberam investimento semente no valor de 10 mil reais cada uma em insumos e materiais para seus negócios. O projeto conta com mentoria, que proporciona um espaço de trocas e crescimento coletivo para as empreendedoras e voluntários de organizações parceiras.
Mulheres empreendedoras participando de oficina do Dona’s, em Juruti
IJUS / Divulgação
O INGÁ proporcionou mais 600 horas de formação no território, reafirmando seu compromisso de promover a sustentabilidade em Juruti, contribuindo significativamente para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico da região, com o objetivo de transformar a realidade local e promover um futuro sustentável para todos.
O Projeto Ingá é implementado pelo Instituto Juruti Sustentável (IJUS), em parceria estratégica entre Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Alcoa Foundation, Citi Foundation, Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), com parceria institucional da Aliança Bioversity & CIAT (Centro de Internacional de Agricultura Tropical) e do Centro de Empreendedorismo da Amazônia.
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