Governo negocia para que clubes de tiro próximos a escolas fiquem fechados nos horários de aulas


Homem segura uma arma no clube de tiro ‘Calibre 12’ em São Gonçalo, Rio de Janeiro, em imagem de setembro de 2018
Daniel Ramalho/AFP/Arquivo
O governo Lula recuou e fechou um acordo com a oposição para evitar uma derrota maior no decreto sobre armas e clubes de tiro.
A equipe de Lula aceitou que os clubes de tiro próximos a escolas hoje existentes continuem funcionando, mas negocia para que os estabelecimentos não funcionem, fiquem fechados, nos horários das aulas.
Nesta terça-feira (27), o governo acertou com a oposição que o decreto apresentado por ela seria retirado de votação, sob o compromisso de o governo apresentar nos próximos dias um novo decreto contemplando algumas das medidas defendidas pelos partidos da oposição no Congresso.
Pelo acordo entre os dois lados, a proibição para o funcionamento de clube de tiros num raio de um quilômetro de escolas passará a valer a partir da edição do novo decreto do governo.
Os clubes atuais não teriam de ser fechados e continuariam a funcionar, mas a equipe do Ministério da Justiça ainda negocia algumas modulações com regras para os já existentes.
Entre essas regras, estaria a proibição para que eles funcionem durante o horário das aulas nas escolas, exatamente para evitar que os clubes prejudiquem o ambiente educacional.
A oposição negocia outras medidas, como garantia de isolamento acústico. O importante, segundo técnicos, é que os atuais clubes não prejudiquem nem representem riscos para alunos que tenham aulas em escolas próximas a clubes de tiros.
A negociação dessas modulações de segurança para os clubes de tiros já existentes é uma determinação do próprio presidente Lula. Ele tem deixado claro que é preciso garantir segurança para os alunos.
O governo conseguiu também retirar da lista de armas de colecionadores as automáticas; e também assegurou que armas de pressão com calibre acima de 6 milímetros tenham registro obrigatório.
As negociações prosseguem e o novo decreto do governo pode ser editado na semana que vem. Se a oposição concordar com ele, esse decreto passará a vigorar e a votação do elaborado pelos oposicionistas será abandonada.
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