Foram escalados PMs do 3° Batalhão de Ações Especiais (Baep) da região, que tem treinamento específico para gerenciamento de crises. 3° Batalhão de Ações Especiais (Baep)
Rauston/TV Vanguarda
Policiais militares do Terceiro Batalhão de Ações Especiais (Baep), do Vale do Paraíba, foram escalados para reforçar a Operação Escudo, no Litoral Sul de São Paulo. As equipes de reforço deixaram o Vale nesta sexta com destino a Guarujá.
A operação teve início após o soldado Patrick Bastos Reis ser morto por criminosos quando fazia patrulhamento em uma comunidade na cidade. Até esta sexta, foram confirmadas as mortes de 16 pessoas e 84 prisões(leia mais detalhes abaixo).
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Os policiais convocados para o reforço no litoral têm treinamento específico para gerenciamento de crises e atentados terroristas, além de manuseio de armas de grosso calibre e viaturas blindadas.
Nesta semana, a Operação Escudo também avançou para o Litoral Norte depois que uma viatura da PM foi baleada.
O caso aconteceu na madrugada de quarta-feira (2), quando dois policiais foram até o Conjunto Habitacional Nova Caraguá Um atender a uma ocorrência. No local, os policiais foram surpreendidos por disparos em sua direção e revidaram. Os criminosos fugiram por uma área de mata.
“Após o atentado contra a vida dos policiais militares, as autoridades decidiram desencadear a Operação Escudo na área onde os fatos ocorreram, com o propósito de saturar a região com policiamento e capturar os criminosos envolvidos no incidente”, explicou a PM.
Reforço
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de segurança do estado, Guilherme Derrite, anunciaram aumento do efetivo policial e uma nova unidade em Guarujá, no litoral de São Paulo, após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis. Segundo o governador, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.
Governador Tarcísio de Freitas (de cinza, ao centro), durante coletiva sobre operações na Baixada Santista e Centro de SP
TV Globo
De acordo com Tarcísio, a Operação Escudo vai continuar na Baixada Santista por pelo menos 30 dias. Além disso, o governador ainda prometeu novas ações na região.
“Nós vamos levar para a Baixada Santista o aumento de efetivo, unidade da Polícia Militar. Nós devemos ter mais uma unidade da Polícia na Baixada para aumentar o efetivo e responder o anseio da Baixada”, disse Tarcísio.
Operação no litoral sul
A Polícia Militar prendeu 84 pessoas na Operação Escudo na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, segundo balanço divulgado pela SSP. A operação teve início após o soldado Patrick Bastos Reis ser morto por criminosos quando fazia patrulhamento em uma comunidade em Guarujá. A ação também deixou pelo menos 16 mortos em Guarujá e em Santos.
Viaturas da Rota e da Polícia Civil durante Operação Escudo em Guarujá, SP
Carlos Abelha
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), do total de presos, 38 foram em flagrante e 20 eram procurados da Justiça. Outros quatro adolescentes foram apreendidos por tráfico de drogas. Até esta terça-feira (1) a polícia apreendeu 385 quilos de entorpecentes e 18 armas, entre pistolas e fuzis.
A polícia conseguiu identificar e prender todos os envolvidos na morte do policial, mas a operação segue para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado, que possui grande atuação na Baixada Santista, segundo a SSP.
O soldado Patrick Bastos Reis foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Júlia em Guarujá, na quinta-feira (27). A morte dele foi confirmada no mesmo dia. Além dele, um outro policial foi baleado na mão esquerda, encaminhado para o Hospital Santo Amaro e liberado.
Erickson David da Silva é um dos apontados como responsáveis pelos disparos contra o PM em Guarujá (SP).
Reprodução
Após o caso, a Polícia Militar iniciou a Operação Escudo, com o objetivo de capturar os criminosos responsáveis pela ação contra os agentes.
Erickson, também conhecido como ‘Deivinho’, foi capturado na Zona Sul de São Paulo, durante a noite do último domingo (30). Segundo informações da polícia, Erickson tem 28 anos, é solteiro e teria atirado em direção ao soldado da Rota de uma distância de mais de 50 metros.
Na segunda-feira (31), Erickson foi encaminhado ao Fórum de Santos, onde passou por audiência de custódia, que começou por volta das 10h. A Justiça definiu que a prisão temporária foi mantida por 30 dias.
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