Edson ‘Pitchula’ conseguiu uma vaga para se apresentar no maior festival de dança do mundo após ao menos cinco tentativas. Ele ficou em segundo lugar na categoria de danças urbanas. Joseense realiza sonho no Festival de Dança de Joinville após dançar em semáforos por fonte de renda
Arquivo pessoal
Considerado o maior evento do mundo na modalidade, o Festival de Dança de Joinville é tido como uma meta para dançarinos do Brasil e até de outros países. Depois de diversas tentativas, o bailarino Edson Rafael, que antes chegou a se apresentar no semáforo para sobreviver, conseguiu realizar o sonho de se classificar para o festival neste ano e ficou em segundo lugar na categoria de danças urbanas.
Realizado entre os dias 17 e 29 de julho em Santa Catarina, o evento recebeu mais de 13 mil artistas, que viajaram de 25 estados do Brasil, além de países do exterior, como Estados Unidos, França e Paraguai.
Entre os milhares de competidores estava Edson ‘Pitchula’, como é conhecido o morador de São José dos Campos (SP), que tentava classificação para o festival pelo menos cinco anos.
Joseense realiza sonho no Festival de Dança de Joinville após dançar em semáforos por fonte de renda
Divulgação/Festival de Dança de Joinville
De acordo com ele, participar do encontro pela primeira vez era um sonho antigo, que foi realizado com muito suor, dedicação e entrega.
“Para poder participar é preciso ser aprovado em uma seletiva, que acontece por vídeo no primeiro semestre. Eu já estava tentando há muito tempo, mas ainda não tinha conseguido, e esse ano me classifiquei. Quando vi meu nome na lista me senti muito feliz e só isso já valeu muito a pena”, lembra.
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Mesmo estreando, ele quase ficou em primeiro na divisão individual da categoria de danças urbanas. Com um 9,1 na avaliação final – nota considerada de primeiro colocado – ele Pitchula’ foi superado por apenas um competidor e ficou com a segunda posição.
“Foi uma experiência muito legal, fiquei feliz demais de representar a cidade. Espero estar nos próximos anos também porque é incrível. A realização de um sonho mesmo”, conta.
40° Festival de Dança de Joinville
Alceu Bett
Trabalho em semáforos
A relação com a dança, no entanto, começou muito antes do foco se tornar participar do Festival de Dança de Joinville. Agora professor da companhia ‘Com Passo’, de São José dos Campos, Edson tem uma longa história no meio e chegou, inclusive, a dançar nos semáforos da cidade para se manter.
Joseense realiza sonho no Festival de Dança de Joinville após dançar em semáforos por fonte de renda
Arquivo pessoal
Hoje com 35 anos, ele começou a dançar com nove e foi com 23 anos que trabalhou nas ruas de São José para levantar recursos para continuar a trajetória.
“Dancei muito nos semáforos. Eu era de um grupo independente e minha primeira experiência como alguém que vive de dança foi essa. A única saída. Não tinha renda e ia para o semáforo arrecadar dinheiro para me manter, para comer e para poder acompanhar esse grupo nas competições, que eram em outras cidades”, diz Edson.
De acordo com ele, isso aconteceu por cerca de três anos e foi o primeiro passo para hoje conseguir viver como dançarino.
“Hoje sou professor e vivo disso. É minha alegria e um sonho realizado todo dia”, comemora.
Joseense realiza sonho no Festival de Dança de Joinville após dançar em semáforos por fonte de renda
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