Crime aconteceu em janeiro de 2022, após vítima pedir carona em um bar. Ele foi asfixiado e corpo foi deixado em um terreno no bairro Capão Grosso. Delegacia de Flagrantes da Polícia Civil de São José dos Campos
PMSJC
Uma decisão da Justiça condenou Allan Gabriel Nunes de Oliveira a 30 anos de prisão e Anderson Lima Confessor a 29 anos e 2 meses de prisão pela morte do coletor de lixo Arrigo Leonardo Campos Bruni, em janeiro do ano passado, em São José dos Campos (SP).
Na sentença desta segunda-feira (21), o juiz Arthur Abbade Tronco apontou que Anderson e Allan estiveram juntos durante o crime e que Anderson foi o responsável por iniciar o crime.
“Anderson não apenas esteve todo o tempo com o corréu Allan no cometimento do crime contra a vítima, como foi o responsável, em última instância, por permitir o início dos acontecimentos delitivos, ao se valer de seu veículo para que eles, acusados, tivessem domínio físico sobre o ofendido”, escreveu.
O crime aconteceu no dia 8 de janeiro de 2022. Segundo o relatório do Ministério Público, que fez a acusação, a vítima estava em um bar no Jardim Santa Inês 1 e, embriagada, pediu para alguém chamar uma corrida por aplicativo.
Os acusados, Anderson e Allan, segundo o MP, ofereceram carona à vítima e, durante o trajeto, próximo a um ‘bosque’, agrediram Arrigo Bruni e enforcaram a vítima, com o objetivo de roubá-la. Após o crime, o MP apontou que os dois voltaram ao bar com marcas de arranhões no pescoço e nervosos.
De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo de Arrigo Leonardo Campos Bruni foi encontrado na Rua Caetano Bento da Silva, no bairro Capão Grosso, em São José dos Campos.
Segundo o laudo do Instituto de Criminalística, a vítima tinha 20 lesões no pescoço e outras nove no lado esquerdo do peito. O laudo apontou que as lesões foram causadas por ‘instrumento cortante’.
Ao g1, o advogado Heraldo Serra, que faz a defesa de Anderson Confessor, disse que a sentença não retrata a realidade dos fatos e que vai recorrer da decisão.
“A sentença em relação ao acusado Anderson não espelha a realidade dos fatos. Ele colaborou com as investigações desde o início, e não há provas suficientes para sua condenação. Não houve testemunhas que indicaram ser ele o autor do crime. A defesa apresentará recurso de apelação”, disse.
O g1 ainda procura pela defesa de Allan Gabriel Nunes de Oliveira. A matéria será atualizada assim que se posicionarem.
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