Acúmulo de gás e faísca elétrica causaram explosão em prédio em Campos do Jordão, aponta perícia


Explosão em um condomínio localizado no Morro do Elefante destruiu 10 apartamentos e deixou quatro pessoas feridas na noite do dia 22 de abril deste ano. Condomínio destruído após explosão em Campos do Jordão, SP
Douglass Fagundes
Laudo realizado pela perícia da Polícia Civil apontou que a explosão em um condomínio de Campos do Jordão (SP), no feriado de Tirantes, foi provocada pela liberação de gás em um apartamento do primeiro andar do prédio seguido de uma faísca elétrica .
O acidente aconteceu na noite do dia 22 de junho e deixou quatro pessoas feridas. Além disso, cerca de 10 apartamentos do prédio ficaram destruídos – leia mais detalhes do caso abaixo.
De acordo com o laudo, a explosão aconteceu entre a sala e a cozinha do apartamento 109 e foi causada por uma “liberação de gás GLP pelo terminal de conexão do ponto destinado a lareira”.
Ainda segundo a conclusão da perícia, o registro do terminal estava aberto e, com isso, houve um grande acúmulo de gás no local, muito superior ao dos outros apartamentos, que estavam com o registro fechado. Na sequência, uma faísca elétrica causou a explosão.
Veja a conclusão do laudo:
“A explosão no prédio do condomínio Saint Etienne, ocorrida em 22/04/2023, deu-se no interior do apartamento 109, mais precisamente no ambiente formado pela sala e cozinha deste Apartamento, no segundo pavimento do prédio.
O motivo da explosão foi que, durante um período de tempo imediatamente anterior a explosão, houve a liberação de gás Glp pelo terminal de conexão do ponto destinado a lareira do Apartamento 109, que estava com o respectivo registro aberto e o terminal de conexão desobstruído a plena vazão, provocando um grande acúmulo de gás neste ambiente.
Nestas condições e com a ocorrência de uma faísca elétrica que pode ter sido provocada por alguma fonte de ignição (…) deu-se a explosão”
Condomínio destruído após explosão em Campos do Jordão, SP
Douglass Fagundes
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Além disso, o documento cita que, durante a investigação e as oitivas que foram realizadas, muitas pessoas ouvidas disseram que sentiram um forte cheio de gás próximo aos apartamentos 109 e 111, que foram os mais destruídos com a explosão.
Com isso, o laudo estima que a liberação de gás pelo terminal de alimentação da lareira do local aconteceu por um período de aproximadamente três horas.
“As peças do apartamento 109 foram recolhidas e examinadas no laboratório do Instituto de Criminalística, onde foi possível constatar que o registro de gás, mesmo após o ocorrido, funcionava normalmente, ou seja, com o manípulo na posição horizontal estava aberto, liberando a passagem de gás”, diz um trecho do documento ao qual o g1 teve acesso.
Outro fator levantado pela perícia que chama atenção aponta que o apartamento 109 foi alugado pela primeira vez no ano justamente para o feriado de Tiradentes, quando o acidente aconteceu.
Polícia Científica faz perícia em prédio onde houve explosão em Campos do Jordão
Laurene Santos/TV Vanguarda
Investigações seguem
Apesar da conclusão do laudo, a TV Vanguarda apurou com a Polícia Civil de Campos do Jordão que as investigações continuam.
Uma explosão destruiu pelo menos 10 apartamentos num prédio em Campos do Jordão, interior de São Paulo
Explosão
A explosão no prédio, que fica na Rua dos Manacás, aconteceu por volta das 20h do dia 22 de abril. 10 apartamentos foram destruídos. Segundo os Bombeiros, algumas paredes internas foram destruídas, mas não houve colapso do prédio.
Turistas relataram ao g1 que os vidros de imóveis próximos tremeram e houve um forte barulho por volta das 20h.
Vídeo mostra, à distância, explosão em condomínio de Campos do Jordão (SP)
O prédio é residencial, mas a maioria dos proprietários aluga para turistas por meio de plataformas de hospedagem.
Equipes dos Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Defesa Civil e das polícias militar e civil foram mobilizadas para atender a ocorrência.
Condomínio destruído após explosão em Campos do Jordão, SP
Douglass Fagundes
Feridos
No momento da explosão, 26 pessoas estavam no prédio, sendo que quatro ficaram feridas. Uma adolescente de 14 anos e uma mulher de 52 tiveram ferimentos leves e foram atendidas no complexo de saúde de Campos do Jordão. Eles foram liberadas no mesmo dia.
Uma outra adolescente de 14 anos chegou a ser transferida para atendimento no Hospital Regional de Taubaté, e recebeu alta no dia seguinte.
O caso mais grave foi o da médica Renata Fontoura, de 24 anos, que teve 70% do corpo queimado e foi transferida para um hospital em São Paulo.
Médica vítima de explosão em prédio aproveitava feriado com namorado em Campos do Jordão
Arquivo Pessoal
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