Júri popular de Gustavo da Costa de Sá, acusado de mandar matar ex Jaqueline Barros em São José dos Campos, está em seu segundo dia nesta quarta-feira (13). Crime chocou a cidade em 2017. Jaqueline Barros foi morta no trabalho em São José dos Campos
Arquivo pessoal
O assassinato da vendedora Jaqueline Barros, caso que chocou São José dos Campos (SP) há seis anos, está próximo de ter um desfecho com a realização do júri do ex-companheiro dela, o médico Gustavo André da Costa de Sá, que é acusado de ter encomendado o crime. Ele nega.
O júri popular começou nesta terça-feira (12) com uma sessão de dez horas de trabalhos, que continuam com a expectativa de que a sentença seja conhecida até a noite de quarta-feira – clique aqui e veja um resumo do júri.
Além do médico, também são julgadas a enfermeira Camila Faria Minamissawa (que era companheira de Gustavo na época do assassinato) e Jéssica Cristina Viana. Os três são acusados de serem os mentores do crime.
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Homem é condenado a 26 anos de prisão pelo crime
O atirador Maycon Wesley da Silva de Jesus já foi condenado a 26 anos de prisão. A companheira dele, Ana Claudia de Costa Lima, que também participou do esquema e intermediou a encomenda do crime, foi condenada a 20 anos.
Loja onde a vendedora foi morta a tiros
Divulgação/DIG
Relembre abaixo as principais informações do crime e das investigações:
Motivação do crime
Jaqueline, que tinha 28 anos e era ex-esposa de Gustavo, foi morta a tiros no dia 8 de maio, na loja em que trabalhava, no bairro Jardim Esplanada, área considerada nobre da cidade.
Para a polícia, Jaqueline Barros foi morta por causa de uma disputa judicial em um processo de divórcio. A vítima era dependente financeira do marido e havia conseguido uma pensão alimentícia. A dívida do médico com a vítima era de R$ 30 mil.
Imagens da câmera de segurança mostram o momento em que o assassino, Maycon de Jesus, chega ao local.
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Como o crime foi planejado
Ainda segundo as investigações, Gustavo contou a intenção de matar Jaqueline para sua companheira na época, Camila Faria Minamissawa, que pediu ajuda à sua colega de trabalho Jéssica Cristina Viana – as duas também são julgadas nessa semana, junto com Gustavo.
Jéssica, então, apresentou a Gustavo sua prima, Ana Claudia de Costa Lima, e o companheiro dela, Maycon Wesley da Silva de Jesus – executores do crime e que já foram condenados.
De acordo com o depoimento de Jéssica durante o júri, ela receberia R$ 2 mil por organizar o crime. O médico pagaria ainda R$ 5 mil para quem efetuasse os disparos.
Segundo dia de júri em São José
Carona para o atirador
Com o plano estabelecido, Gustavo foi até Campos do Jordão, onde moravam Jéssica, Ana Cláudia e Maycon, dar carona ao trio e levá-los à São José dos Campos , onde o crime aconteceu.
Em frente à loja, Maycon caminhou em direção a Jaqueline e disparou três vezes. Dois dos tiros atingiram o rosto da vítima, que não resistiu e morreu.
Depois da execução, Gustavo levou o trio de volta a Campos do Jordão e retornou sozinho para São José, cidade onde morava. Durante a carona, Maycon devolveu ao médico a arma usada no assassinato.
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Divulgação/DIG
Tentativa de homicídio forjada
No mesmo dia do crime, ainda segundo a acusação, Gustavo forjou uma tentativa de homicídio, ao atirar contra o próprio abdômen. Para a promotoria, a ideia dele era simular uma tentativa de homicídio e forjar um álibi.
A arma usada foi a mesma usada no crime e foi encontrada pela polícia no telhado da casa do médico.
O que dizem os envolvidos
O g1 tenta contato com os advogados dos três réus. A matéria será atualizada caso eles se manifestem.
Procurado pela reportagem nesta segunda-feira (11), o advogado que representa Gustavo se limitou a dizer que o cliente era inocente. Já o advogado de Camila argumentou durante o primeiro dia de júri que ela não participou do planejamento do crime.
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