Sirenes de alertas de temporais serão instaladas em São Sebastião e Guarujá, no litoral, e em Franco da Rocha, na região metropolitana. Empresa de São José dos Campos (SP) venceu a licitação. Vila Sahy é o local em São Sebastião que receberá a implantação do sistema de sirenes da Defesa Civil de SP
Fábio Tito/g1
O Governo de São Paulo vai pagar R$ 2,4 milhões para implantar um sistema de sirenes para alerta de temporais em três cidades paulistas, entre elas São Sebastião, castigada com uma chuva histórica no carnaval deste ano. Guarujá e Franco da Rocha também receberão o sistema.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp
A empresa escolhida para a implantação foi a Squitter, com sede em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Ela venceu a licitação por ter apresentado a menor proposta entre as concorrentes. O valor máximo estimado na licitação era de R$ 4,1 milhões.
O resultado foi homologado nesta terça-feira (17) e o contrato entre a empresa e a gestão estadual deve ser assinado em até cinco dias, segundo a publicação no Diário Oficial.
O edital prevê um prazo de até 120 dias a partir da assinatura da ordem de início dos serviços – com isso, o sistema deve começar a operar em fevereiro de 2023, na reta final do verão.
Chuvas causam estragos no Litoral Norte de São Paulo
Após a tragédia de fevereiro em São Sebastião, onde 64 pessoas morreram por causa de um temporal, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) visitou o Centro de Operações Rio (COR) e prometeu usar o modelo carioca de prevenção a desastres para minimizar o risco de tragédias climáticas em São Paulo.
Nos últimos meses, as equipes da Defesa Civil viajaram para a cidade do Rio e Salvador (BA) para acompanhar o funcionamento de sistemas semelhantes e decidir pelo modelo mais adequado para o estado de São Paulo.
Como as cidades foram escolhidas
São Sebastião, Guarujá e Franco da Rocha foram escolhidas para receber o sistema. Segundo a Defesa Civil, as cidades foram escolhidas pelos seguintes critérios:
risco de deslizamentos e alagamentos
volume de chuva registrado nas regiões
número de mortes recentes e desalojados
centros de operação e controle que já funcionem 24h
Em São Sebastião, as famílias mais atingidas na cidade foram as da costa sul, especialmente os moradores da Barra do Sahy. Além de 64 mortes, muitas famílias também ficaram desabrigadas com as enchentes e deslizamentos. Veja abaixo a área que vai receber o sistema:
Região da Vila Sahy, em São Sebastião, onde será implantado o sistema de sirenes da Defesa Civil de SP
Reprodução
De acordo com o edital, as sirenes devem ser instaladas em locais que permitam fácil identificação dos moradores e em lugares de fácil acesso. O documento não especifica o número de sirenes que serão compradas.
Ainda segundo o edital, a empresa contratada deverá fornecer todos os equipamentos, os serviços de instalação e de manutenção preventiva, e o software que permita o acionamento do sistema de forma remota.
Além disso, a empresa deverá também fornecer a realização de ensaios, treinamentos e operação assistida durante a implantação do serviço.
Imagem de arquivo – Carro ficou parcialmente soterrado pela lama na Vila Sahy, em São Sebastião
Fábio Tito/g1
Como o sistema vai funcionar?
Segundo o Capitão Roberto Farina, da Defesa Civil, quando houver possibilidade de temporais com alto índice pluviométrico, um alerta será emitido ao Centro de Gerenciamento de Emergência das cidades com o sistema.
A partir disso, a própria cidade será responsável por acionar as sirenes, que emitirão um aviso sonoro aos moradores – da Vila Sahy, no caso de São Sebastião – sobre a necessidade de deixar as moradias.
Vila Sahy, em São Sebastião
André Luis Rosa/TV Vanguarda
Junto com as sirenes, serão implementados ‘mapas comunitários de risco’ no bairro, com informações como locais de fuga, pontos de encontro, abrigos e unidades de saúde.
Os mesmos mapas são usados em São Luiz do Paraitinga desde que a cidade registrou enchentes no início deste ano. Veja como eles são:
Mapas comunitários de risco usados pela Defesa Civil de São Paulo em cidades com riscos de desastres
Divulgação/Defesa Civil
Além disso, estão previstos treinamentos com moradores, contatos diretos da Defesa Civil com líderes comunitários, que poderão orientar a população, e uma parceria do órgão com a Secretaria Estadual de Educação, para que professores preparem os alunos para situações de risco.
Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região
Governo de SP vai pagar R$ 2,4 milhões por sistema de alertas com sirenes em três cidades
Adicionar aos favoritos o Link permanente.