Balanço da Secretaria Estadual de Saúde aponta que entre janeiro e setembro deste ano houve um aumento de 17,07% nos casos da doença, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Ilustração baseada em observações com microscópio eletrônico mostra a bactéria Neisseria meningitidis, que causa a meningite meningocócica
CDC/Arquivo g1
O número de casos de meningite teve alta de 17% este ano nos municípios do Vale do Paraíba atendidos pelo Departamento Regional de Saúde (DRS) de Taubaté, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo o órgão, de janeiro a setembro de 2023 foram registrados 144 casos de meningite nas cidades do Vale, contra 123 casos no mesmo período do ano passado.
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Já o número de mortes registrou queda no mesmo período. Este ano foram 11 óbitos em decorrência da doença, quatro a menos do que em 2022, quando no período de janeiro a setembro a região registrou 15 mortes por meningite.
Desses 11 óbitos registrados este ano, cinco são de crianças com menos de 14 anos. Outras quatro mortes foram de adultos com idades entre 20 e 59 anos e duas mortes de idosos, com idades a partir de 60 anos.
Veja balanço de janeiro a setembro de cada ano:
2023
Casos – 144
Mortes – 11
2022
Casos – 123
Mortes – 15
2021
Casos – 62
Mortes – 5
2020
Casos – 71
Mortes – 4
Meningite bacteriana
Royalty Stock Photo/Science Photo Library/Arquivo AFP
O que é a meningite e o que causa a doença?
As meninges são as membranas que envolvem todo o sistema nervoso central. A meningite ocorre quando há alguma inflamação desse revestimento, causado por micro-organismos, alergias a medicamentos, câncer e outros agentes.
A meningite tem uma alta taxa de mortalidade e sequelas, como surdez, perda dos movimentos e danos ao sistema nervoso. As crianças são a faixa etária mais atingida, e os pacientes devem ter um acompanhamento por pelo menos 6 meses depois da doença.
A doença pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, segundo o Ministério da Saúde. As meningites virais e bacterianas são as mais importantes para a saúde pública, devido a magnitude de sua ocorrência e o potencial de produzir surtos.
O ministério ressalta ainda que a ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno e das virais na primavera-verão. O sexo masculino também é o mais acometido pela doença.
Tosse é uma das formas de transmitir meningite meningocócica, pois há troca de secreção contaminada.
Prefeitura de Jundiaí/Divulgação
Como ocorre a transmissão da meningite meningocócica?
A meningite é transmitida quando pequenas gotas de saliva da pessoa infectada entram em contato com as mucosas do nariz ou da boca de um indivíduo saudável. Pode ser por meio de tosse, espirro ou secreções eliminadas pelo trato respiratório (nariz e boca).
Segundo a Secretaria de Saúde, para que essa transmissão ocorra, há necessidade de contato direto, íntimo e frequente com a pessoa doente (troca de secreção).
Quais são os sintomas da meningite meningocócica?
Febre alta;
Mal-estar;
Vômitos;
Dor forte de cabeça e no pescoço;
Dificuldade para encostar o queixo no peito;
Manchas vermelhas espalhadas pelo corpo (em alguns casos).
Além disso, nos bebês, os seguintes sintomas são mais comuns:
Moleira tensa ou elevada;
Gemido quando tocado;
Inquietação com choro agudo;
Rigidez corporal com movimentos involuntários, ou corpo “mole”, largado.
SUS oferece quatro tipos de vacina para meningites bacterianas
Divulgação/Agência Brasil
Quais são as formas de prevenção?
Existem imunizantes no sistema público de saúde que protegem contra a doença. As vacinas disponíveis no calendário de vacinação do Programa Nacional de Imunização são:
Vacina meningocócica (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
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