Dia de Combate à Poliomielite: Vítima da pólio, paratleta de São José fala sobre sequelas e alerta para a importância da vacinação


Edson Tubarão desenvolveu limitação na perna por causa da poliomielite e hoje vê no esporte maneiras de superar as barreiras impostas pelas sequelas da doença. Dia de Combate à Poliomielite: Vítima da pólio, paratleta de São José fala sobre sequelas e alerta para a importância da vacinação.
Edson Tubarão/Arquivo Pessoal
Uma das maneiras de superar barreiras da deficiência é por meio do esporte. Foi assim que o paratleta de São José dos Campos, Edson Gonçalves da Costa, conhecido como Edson Tubarão, conseguiu dar a volta por cima após sequelas da poliomielite.
Nesta terça-feira (24), Dia Mundial do Combate à Poliomielite, doença também conhecida como paralisia infantil, o g1 entrevistou o paratleta, que contou um pouco da trajetória enfrentando a doença e alertou para a importância da vacinação contra a pólio.
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Dia de Combate à Poliomielite: Vítima da pólio, paratleta de São José fala sobre sequelas e alerta para a importância da vacinação.
Arquivo pessoal
Aos dois anos de idade, Edson ficou três meses internado entre a vida e a morte por conta da doença. Ele conseguiu sobreviver, mas desenvolveu uma sequela na perna direita causada pela síndrome pós-poliomielite.
A sequela causou uma limitação que comprometeu a perna de Edson. Ele anda normalmente, mas não tem força no membro, que não foi desenvolvido.
Há 20 anos, por orientação médica, Tubarão iniciou sua trajetória no paraesporte. Com isso, ele foi um dos pioneiros da modalidade em São José dos Campos.
“O esporte me resgatou, se não fosse o esporte eu não estaria aqui hoje. Estava acima do peso e o esporte me salvou”, afirma o paratleta.
Dia de Combate à Poliomielite: Vítima da pólio, paratleta de São José fala sobre sequelas e alerta para a importância da vacinação.
Arquivo pessoal
Atualmente, Tubarão compete no paratriatlo na categoria PTS4, que abrange as deficiências moderadas. Edson também é maratonista aquático e já nadou duas vezes a maior maratona da América Latina, que vai de Bertioga até a base aérea de Guarujá, totalizando 24 quilômetros.
Em 2016, Edson conduziu a tocha olímpica no Brasil e quer servir de inspiração para os jovens que também são paratletas.
“Eu posso, eu quero, eu consigo! Essa é a frase que eu uso. Às vezes eu compito com alguns meninos e vejo eles desanimados, por isso eu sempre falo para eles não desistirem, que eles são novos. Eu comecei com 37 anos e estou até hoje com 57”, comenta Edson.
O paratleta também alerta sobre a importância da vacinação de crianças contra a poliomielite, única arma para combater a doença.
“Hoje em dia não levam tanto para vacinar, tem esse preconceito. Por isso é importante as mães e pais levarem, porque não é fácil. Todo postinho tem a vacina, temos que aproveitar, tem lugar que nem a vacina tem”, ressalta.
Vacinação contra poliomielite.
Kleide Teixeira/SMS.
Poliomielite
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus.
Ele pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com secreções eliminadas pelas pessoas infectadas. Nos casos graves, a doença pode causar paralisia.
A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças com menos de cinco anos de idade devem ser vacinadas com esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional.
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