Funcionários da GM de São José fazem protesto e mantêm greve contra 1,2 mil demissões em três fábricas de SP


De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a demissão anunciada pela empresa no último sábado (21) atingiu 1,2 mil trabalhadores em três fábricas: 800 trabalhadores em São José dos Campos, 300 em São Caetano e 100 em Mogi das Cruzes. Funcionários da GM de São José fazem protesto contra demissões e aprovam continuidade da greve
Rauston Naves/TV Vanguarda
Funcionários da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) realizaram um protesto contra as 1,2 mil demissões anunciadas em três fábricas de São Paulo e aprovaram a continuidade da greve na manhã desta quinta-feira (26).
As demissões atingem 800 trabalhadores na cidade, 300 em São Caetano do Sul e 100 em Mogi das Cruzes, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, na região do Vale do Paraíba.
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Os cerca de 1,2 mil cortes foram anunciados pela empresa no último sábado (21) por meio de telegramas e e-mails. Desde segunda-feira (23), todos os funcionários das três fábricas da montadora em São Paulo estão em greve.
Funcionários da GM de São José fazem protesto contra demissões e aprovam continuidade da greve
Rauston Naves/TV Vanguarda
O protesto desta quinta-feira (26), que contou com a participação de cerca de mil pessoas, entre demitidos, não demitidos e sindicalistas, começou por volta das 9h e percorreu diversas ruas da região central da cidade.
O grupo pede que a GM volte atrás e não demita os trabalhadores. A ação aprovou também a continuidade da greve, que, de acordo com o sindicato, só será encerrada com o cancelamento dos cortes.
Essa é a terceira ação contra as demissões em São José. Na quarta-feira (25), funcionários demitidos penduraram uniformes com mensagens nos alambrados da unidade da montadora.
Nas mensagens, eles pediram o emprego de volta, reclamaram de anos de serviços prestados que haviam sido desconsiderados pela empresa e solicitaram ajuda dos governos estadual e federal.
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Rauston Naves/TV Vanguarda
O g1 acionou a empresa novamente nesta quinta-feira (26) e não obteve retorno até a publicação da reportagem.
Em nota anterior, a GM alegou que as demissões foram motivadas por “queda nas vendas e nas exportações”. Disse ainda entender “o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas que a adequação é necessária”.
Em São José dos Campos, onde a empresa produz os modelos S-10 e Trailblazer, são cerca de quatro mil colaboradores, sendo que 1,2 mil já estavam em layoff – suspensão temporária dos contratos de trabalho.
Em São Caetano, onde são fabricados os modelos Spin, Tracker e Montana, são mais de 7 mil trabalhadores. A unidade de Mogi das Cruzes conta com cerca de 500 trabalhadores e produz peças de montagem para a S10.
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