Justiça do Trabalho determina que GM e Sindicato realizem audiência de conciliação para tentar resolver crise após anúncio de demissões; entenda


Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que a entidade e a empresa devem se reunir às 15h desta sexta-feira (27) para resolver a situação. GM em São José dos Campos
Reprodução/TV Vanguarda
A General Motors (GM) e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos devem realizar, na tarde desta sexta-feira (27), uma audiência de conciliação para tentar resolver a situação de crise na fábrica, que anunciou a demissão de cerca de 1,2 mil trabalhadores nesta semana.
O documento, assinado pelo desembargador João Alberto Alves Machado, foi protocolado pela GM ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), alegando que a greve não se justifica, pois a empresa “não se eximiu das tentativas de negociação e não há indicação ou mora quanto ao cumprimento das normas coletivas”.
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Manifestação contra as demissões na GM
Ainda no documento, o TRT destacou que a GM apontou que a greve foi deflagrada sem o aviso prévio e que “a paralisação caracteriza possível violação às garantias fundamentais da empresa e dos trabalhadores, diante do temor de bloqueio de acesso de pessoas e materiais à empresa”.
A audiência está marcada para às 15h desta sexta-feira e deve acontecer de forma presencial.
Por meio de nota, o sindicato informou que “espera que na audiência a GM cumpra o acordo de estabilidade no emprego, quebrado por ela, e cancele todas as demissões”.
O g1 procurou a GM para comentar sobre a audiência, mas, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno.
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Rauston Naves/TV Vanguarda
Crise e demissões
Os cerca de 1,2 mil cortes foram anunciados pela empresa no último sábado (21) por meio de telegramas e e-mails. Desde segunda-feira (23), todos os funcionários das três fábricas da montadora em São Paulo estão em greve.
Nesta quinta-feira, funcionários da unidade de São José dos Campos fizeram um protesto e mantiveram a greve na unidade. A manifestação contou com a participação de cerca de mil pessoas, entre demitidos, não demitidos e sindicalistas. O ator começou por volta das 9h e percorreu diversas ruas da região central da cidade.
Funcionários demitidos protestam com uniformes pendurados no entorno da fábrica da GM em São José
Rauston Naves/ TV Vanguarda
O grupo pede que a GM volte atrás e não demita os trabalhadores. A ação aprovou também a continuidade da greve, que, de acordo com o sindicato, só será encerrada com o cancelamento dos cortes.
Essa foi a terceira ação contra as demissões em São José. Na quarta-feira (25), funcionários demitidos penduraram uniformes com mensagens nos alambrados da unidade da montadora.
Nas mensagens, eles pediram o emprego de volta, reclamaram de anos de serviços prestados que haviam sido desconsiderados pela empresa e solicitaram ajuda dos governos estadual e federal.
GM em São José dos Campos
Camilla Motta/G1
Unidades
Em São José dos Campos, onde a empresa produz os modelos S-10 e Trailblazer, a empresa tem cerca de 4 mil funcionários, sendo que 1,2 mil já estavam em layoff – suspensão temporária dos contratos de trabalho.
Em São Caetano, onde são fabricados os modelos Spin, Tracker e Montana, são mais de 7 mil trabalhadores. A unidade de Mogi das Cruzes conta com cerca de 500 trabalhadores e produz peças de montagem para a S10.
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