Condenado por participar da morte do casal Richthofen, Cristian foi um dos 112 detentos da ala de progressão da Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, a receber o benefício. Com visual irreconhecível, Cravinhos deixa presídio para ‘saidinha’ temporária
Condenado por participar da morte do casal Richthofen, Cristian Cravinhos deixou a Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, na manhã desta terça-feira (13).
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Ele foi um dos 112 de 123 detentos da Ala de Progressão da unidade a receber o benefício da saidinha temporária, que teve início às 6h. O benefício é concedido a detentos do regime semiaberto que preenchem requisitos estabelecidos na lei.
Com visual irreconhecível, Cravinhos deixa presídio para saidinha temporária.
Reprodução/TV Vanguarda
A Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, popularmente conhecida como P2, costuma receber presos de casos de grande comoção social para garantir a segurança e a privacidade dos internos.
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A unidade tem capacidade para 396 presos entre o regime semiaberto e fechado, mas atualmente abriga 344. Na Ala de Progressão, a capacidade é de 188 detentos, mas no momento são abrigadas 123 pessoas.
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Com visual irreconhecível, Cravinhos deixa presídio para saidinha temporária
Reprodução/TV Vanguarda
O crime
Foi dentro da mansão que Marísia e Manfred von Richthofen foram mortos com golpes de barras de ferro enquanto dormiam, em 31 de outubro de 2002. Ela era psiquiatra e tinha 50 anos. Ele, alemão naturalizado brasileiro, tinha 49 anos e era engenheiro.
Segundo a acusação do Ministério Público à época, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos entraram na residência e mataram o casal a pedido de Suzane von Richthofen, filha das vítimas.
Suzane tinha 18 anos e iria completar 19 três dias depois do crime. Além de estudar direito, ela namorava Daniel. O rapaz, então com 21, praticava aeromodelismo. Cristian, que estava com 26 anos, não estudava e era apaixonado por motos.
Cristian, Daniel e Suzane von Richtofen, na época em que foram presos, em 2002
Reprodução/ Globo News
Progressão
Condenado a 38 anos de prisão, Cristian chegou a cumprir parte da pena no regime aberto – quando a Justiça permite que o restante da pena seja cumprido fora da prisão, mas com acompanhamentos. No entanto, ele perdeu o benefício em 2017, meses depois de sair, quando foi preso após se envolver em uma confusão em um bar em Sorocaba.
Na época, PMs que atenderam a ocorrência declararam que o réu chegou a oferecer dinheiro para não ser preso e não perder o benefício. Ele foi condenado pela tentativa de suborno e com isso voltou ao regime fechado.
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