Com onda de calor, cidades registram queda na umidade relativa do ar; veja previsão e cuidados

Estações meteorológicas registram baixa umidade do ar em diversas cidades. Fenômeno deve seguir durante o restante da semana. Onda de calor atinge região e despenca umidade do ar
Lucas Tavares/g1
A onda de calor que teve início nesta semana, inclusive em cidades do Vale do Paraíba e da região bragantina, refletiu em outro fenômeno: a queda da umidade relativa do ar. Nesta quarta-feira (8), municípios da região registraram índices relativamente baixos na umidade.
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Segundo o mapa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Campos do Jordão (SP), por exemplo, a umidade relativa do ar apontava 20%, enquanto a de Taubaté (SP) registrava 25% e a de São Luiz do Paraitinga (SP) marcava 24%. Em Cachoeira Paulista (SP), o índice era de 30%.
▶️O recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é umidade relativa do ar mínima entre 50% e 60%.
Na área mais próxima à região bragantina, próximo a Joanópolis (SP), a estação marcava um índice ainda mais preocupante: de apenas 10% de umidade relativa do ar.
Ao g1, o meteorologista Gustavo Escobar, do Inpe, explicou que, o baixo índice não é comum nesta época do ano onde as cidades geralmente registram um maior volume de chuvas.
“Estamos em uma região que, neste momento, tem pouca nebulosidade. Geralmente, nesta época do ano, estamos numa estação de chuva, então deveria chover mais e ter mais nebulosidade”, disse o especialista, que explicou o fenômeno.
“Como temos pouca nebulosidade, por estarmos com um sistema de alta pressão, que de alguma forma inibe a formação de nebulosidade, isso funciona como se fosse uma tampa, que comprime o ar de cima para baixo, e isso impede que o ar na superfície suba e se formem as nuvens”, completou.
Umidade relativa do ar na região
Reprodução
De acordo com Escobar, não só os moradores das cidades da região conseguem perceber essa queda, mas também outras cidades do interior do país tiveram esse registro nesta quarta-feira.
“Nesta época do ano, na nossa região e em grande parte do interior do Brasil, a intensidade de radiação solar é forte, a temperatura sobe e, quanto mais sobe a temperatura, mais baixa é a umidade relativa do ar”, pontuou.
“Se estamos com esse outro elemento, dessa tampa, que deixa o tempo mais ensolarado, sobe mais a temperatura e, dessa forma, a umidade relativa do ar fica mais baixa. Ela sempre vai ser mais baixa no período da tarde. Isso não é muito comum nesta época do ano. Não significa que não acontece, pois já aconteceu em outros anos, mas como está chovendo menos no interior do país, estamos com essa condição de tempo”.
Para os próximos dias da semana, a tendência é que esse índice continue baixo, conforme o calor atinge os municípios da região. Nesta quinta-feira (9), o especialista explicou que será um dia extremo.
Beber água e se hidratar é fundamental nos dias de baixa umidade do ar.
Rede Amazônica
Dicas para enfrentar o tempo seco
Nesse cenário, a recomendação é que as pessoas evitem praticar exercícios físicos entre 11h e 16h, além de beberem bastante líquido e utilizar protetor solar.
Além disso, a recomendação é de que as pessoas estejam atentas aos avisos meteorológicos emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Veja dicas:
Beba bastante água (cerca de dois litros por dia ou 10 copos de água de 200 ml). Ela hidrata todos os órgãos, inclusive pele e mucosa.
Se puder, tenha um umidificador de ar em casa. Você também pode colocar uma bacia com água no ambiente ou uma toalha umedecida para minimizar os efeitos do ar seco, do ar poluído.
Hidrate bem as mucosas com soro fisiológico – pelo menos duas vezes ao dia.
Lave os olhos com soro fisiológico ou com colírio de lágrima artificial.
Cuidado com bebidas alcoólicas. Elas podem refrescar, mas também desidratam.
Mantenha a casa limpa, evitando o acúmulo de poeira.
Evite praticar exercícios físicos das 11h às 17h.
Proteja-se ao máximo do sol e evite o ressecamento das mucosas e pele.
Calor em Taubaté
Júlia Martinho
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