Proprietários rurais de São Luiz do Paraitinga apostam na criação de agroflorestas


Sistema gera lucro aos proprietários rurais e ajuda a diminuir o impacto do aquecimento global, já que as mudas plantadas capturar carbono da atmosfera. Proprietários rurais de São Luiz do Paraitinga apostam na criação de agroflorestas
Reprodução/Jornal Nacional
Proprietários rurais de São Luiz do Paraitinga, no interior de São Paulo, têm apostado na criação de agroflorestas, um sistema que gera lucro e ajuda a diminuir o impacto do aquecimento global.
▶️ Mas o que é agrofloresta? É uma forma de uso do solo que une a produção de alimentos com a preservação das florestas. O sistema contribui para diferentes ecossistemas e para a conservação dos recursos naturais.
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Proprietários rurais do interior de São Paulo apostam na criação de agroflorestas
Basicamente, a SAF ou agrofloresta representa um modelo agrícola que tem a capacidade de permitir a produção de alimentos, mas, ao mesmo tempo, promover a preservação das florestas, com benefícios para os dois ecossistemas.
Uma das fazendas que adotou o sistema no interior de SP tinha diversas áreas degradadas e, em vez de reflorestar o local, que era destino a pecuária, o proprietário optou pelo agroflorestamento.
“O que me chamou a atenção, o que me atraiu era a oportunidade de poder fazer um projeto de recuperação ambiental atrelado a uma produção de alimentos e uma economia sustentável”, conta Leandro Mantesso, proprietário da fazenda em São Luiz do Paraitinga.
Proprietários rurais de São Luiz do Paraitinga apostam na criação de agroflorestas
Reprodução/Jornal Nacional
O projeto é liderado por um americano que mora no Brasil há 11 anos. Philip Kauders, co-fundador da Courageous Land, explica que, além de produzir alimentos, o sistema diminui o impacto do aquecimento global.
Isso por que as mudas plantadas nas fazendas já capturam carbono da atmosfera. O excesso de elemento é o que tem provocado o aquecimento do planeta.
No caso da fazenda de Mantesso, o plantio começou neste ano e, por isso, os alimentos só vão começar a dar lucro a partir de 2025. O que pode ajuda-lo até lá é receber recursos com a venda de crédito do mercado de carbono.
Proprietários rurais de São Luiz do Paraitinga apostam na criação de agroflorestas
Reprodução/Jornal Nacional
Esse mercado funciona da seguinte maneira: assim que plantadas, as mudas começam a capturar carbono da atmosfera. Isso pode render por ano cerca de R$ 2 mil por hectare, uma área equivalente a um campo de futebol. Quando a colheita começar, daqui dois anos, essa renda pode chegar a R$ 40 mil por hectare.
“Existem empresas que estão emitindo carbono para a atmosfera e esse CO2 pode ser mensurado e eles querem compensar, ou voluntariamente ou pelo mercado regulado de carbono que está surgindo no Brasil. E aqui na agrofloresta a gente consegue mensurar quanto de carbono a gente está capturando para ajudar a fazer essa compensação. E a gente ganha por isso”, explica Philip Kauders, co-fundador da Courageous Land.
Proprietários rurais de São Luiz do Paraitinga apostam na criação de agroflorestas
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Além do reflorestamento, da produção de alimentos e dos benefícios ambientais, o projeto prevê também a criação de renda e emprego. Isso porque as mudas são plantadas manualmente e, para isso, é preciso mão de obra.
Assim que adotou a agrofloresta, o produtor Leandro Mantesso precisou contratar para a execução desse serviço. Um dos contratados foi Elton Félix dos Santos.
“Gostei, gostei (do sistema). Estou entrando na área agora para ficar. Agronomia total”, afirma o trabalhador rural.
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