Os encontros estudantis que acontecerão nas duas universidades, que estão entre as principais do mundo, tem como objetivo simular conferências da ONU. Aluna de São Sebastião é aprovada para participar de conferências em Harvard e Yale, nos EUA
Arquivo pessoal
Uma estudante de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, foi selecionada para participar de conferências estudantis em duas das principais universidades do mundo: Harvard e Yale. Sofia Signorini tem 17 anos e pretende embarcar rumo aos Estados Unidos, onde ficam as instituições, em janeiro.
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Muito tradicionais no meio universitário, as conferências estudantis de Harvard e Yale acontecem todo ano e simulam as conferências da Organização das Nações Unidas (ONU).
O objetivo é reunir estudantes de diversos país do mundo para simular papéis de diplomatas, juízes e políticos nos comitês da ONU. Além disso, os selecionados assistem palestras de autoridades.
“Basicamente nós propomos uma resolução final para problemas mundiais. É uma maneira de desenvolver essas habilidades e procurar soluções para os problemas. Uma forma dos jovens se engajarem nessas questões e poderem trabalhar com isso no futuro”, explica Sofia.
Aluna de São Sebastião é aprovada para participar de conferências em Harvard e Yale, nos EUA
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A conferência de Harvard, que acontecerá entre os dias 24 e 28 de janeiro, chegará a sua 71ª edição e contará com a participação de quatro mil estudantes. Yale, por sua vez, realizará a 50ª edição entre os dias 18 e 22 de janeiro e reunirá dois mil alunos.
Os participantes são alunos do 9° ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino Médio. Para serem selecionados, eles precisam ser aprovados por institutos credenciados pelas universidades.
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Sofia foi classificada após ser aprovada em um instituto paulista que selecionou oito estudantes do país por meio de três etapas: redação em inglês, envio de currículo e entrevista.
Campus da Universidade de Harvard
Charles Krupa/AP
A estudante do Litoral Norte conta que participar das conferências estudantis nos Estados Unidos é uma oportunidade única e pode ajudá-la a conseguir realizar o sonho de trabalhar com projetos sociais.
“É uma experiência muito enriquecedora e que ajuda a desenvolver um senso mais crítico que poderá ser aplicado em diversas questões, como no trabalho. No meu caso, eu quero trabalhar com impacto social e isso me ajudaria em chegar a mais pessoas”.
“Também quero mostrar essa oportunidade às pessoas. É uma oportunidade maravilhosa para o estudante ter ainda no ensino médio, mas pouco conhecida. Então o objetivo também é fazer com que as pessoas conheçam mais essas simulações”, completa.
Outra oportunidade é aproveitar a viagem e o local onde acontecem as conferências para conhecer as universidades, que estão entre as mais prestigiadas e concorridas do mundo.
Aluna de São Sebastião é aprovada para participar de conferências em Harvard e Yale, nos EUA
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“Fico muito feliz de ter essa oportunidade, principalmente por poder conhecer essas universidades e as pessoas que as frequentam. Além de poder dialogar com pessoas que já têm muita experiência e poderão fazer uma troca muito legal. Fico feliz de conhecer pessoas de diversos locais do mundo. É uma oportunidade de trocar cultura, experiências e poder entender a história deles. Desenvolver compaixão, que é algo que eu considero extremamente importante”.
“Às vezes você vai representar um país (durante as conferências) que você não concorda totalmente com os ideais, então isso faz com que você veja as coisas com uma perspectiva diferente. Tudo isso em conjunto dá uma experiência muito diferente e enriquecedora”, conta Sofia.
Apesar da expectativa pela viagem, a estudante ainda luta para conseguir realizar esse sonho. Isso porque a maior parte da viagem precisa ser paga pelos próprios alunos selecionados.
Sofia conta que não tem condição de bancar todo o valor previsto com a viagem e por isso abriu uma vaquinha na internet para conseguir arrecadar o dinheiro necessário para ir até os Estados Unidos e participar das conferências.
“Infelizmente participar dessas conferências não é algo possível de ser bancado na minha realidade. Elas têm custos altos. É justamente para poder arcar com esses custos e realizar esse sonho, representando o Brasil em Harvard e Yale.”
Aluna de São Sebastião é aprovada para participar de conferências em Harvard e Yale, nos EUA
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