Força Aérea Brasileira (FAB) mantém operação para encontrar aeronave que deixou São Paulo com destino a Ilhabela no último domingo (31). Quatro pessoas estavam no helicóptero. Modelo do helicóptero similar ao que desapareceu no Litoral Norte de SP
Divulgação
As buscas pelo helicóptero que desapareceu com quatro pessoas em São Paulo entraram no 3° dia consecutivo nesta quarta-feira (3). A aeronave não faz contato desde o último domingo (31).
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A aeronave deixou a capital paulista no último dia do ano para passar o réveillon em Ilhabela, no Litoral Norte do estado, mas não chegou ao local de destino. A Força Aérea Brasileira (FAB) segue responsável pelas buscas desde então.
As investigações iniciais apontam para a possibilidade de o helicóptero estar em alguma área entre a Serra do Mar – região de floresta densa do bioma Mata Atlântica – e Caraguatatuba, cidade vizinha ao arquipélago de Ilhabela.
Força Aérea faz buscas por helicóptero com 4 pessoas que saiu de SP e desapareceu a caminho do Litoral Norte.
Arte g1
É entre o trecho de Serra em Paraibuna (SP) e do município de Caraguatatuba onde a FAB concentra as buscas. O órgão usa um avião para procurar pelo helicóptero.
O modelo da aeronave é o SC-105 Amazonas, tido como moderno e especializado para cumprir missões de busca e salvamento. As buscas iniciam ao amanhecer e são encerradas no fim do dia.
Aeronave da Força Aérea faz buscas por helicóptero com 4 pessoas que saiu de SP e desapareceu a caminho do Litoral Norte.
Divulgação/FAB
O g1 apurou que os ocupantes do helicóptero são:
Luciana Rodzewics, de 45 anos;
Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos (filha de Luciana);
Rafael Torres, um amigo da família que fez o convite para o passeio;
Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos (o piloto).
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Desaparecimento
A aeronave saiu da capital paulista com destino a Ilhabela (SP), mas perdeu o contato com as torres de comando.
Modelo do helicóptero similar ao que desapareceu no Litoral Norte de SP
Divulgação
De acordo com a Polícia Militar, que deu apoio nas buscas, a aeronave desaparecida saiu do aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo, no domingo (31), por volta das 13h15, com destino a Ilhabela.
Ao g1, a irmã da passageira Luciana informou que eles planejavam fazer um bate-volta para Ilhabela. Ela alega que Rafael é amigo do piloto e convidou a Luciana e a filha para esse passeio. Não era, segundo ela, um passeio contratado.
Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos estavam na aeronave.
Arquivo pessoal
Às 22h40, foi gerado um alerta para o Comando de Aviação e para o Corpo de Bombeiros, já que não havia registro de pouso da aeronave ou possibilidade de contato com o piloto.
O helicóptero que desapareceu possui o prefixo PRHDB, modelo Robinson 44, e é pintado de cinza e preto.
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Piloto tinha licença cassada
O piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, é uma das quatro pessoas desaparecidas após o helicóptero que ele estava comandando perder contato com a torre e sumir no último domingo (31). Nenhum órgão oficial divulgou a identidade do piloto, no entanto, a informação foi apurada pelo g1.
Piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos.
Reprodução/Redes sociais
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cassiano tem um histórico ruim. A Anac informou que o piloto chegou a ser pego em flagrante em uma ação de fiscalização no aeroporto Campo de Marte, em 2019, no qual piloto chegou a jogar o helicóptero que comandava contra um servidor da Anac, que realizava a fiscalização no local.
Em setembro de 2021, a diretoria da Anac cassou a habilitação dele. O órgão afirma que houve caso de conduta grave de fraude por parte de Cassiano, irregularidade que resultou na pena máxima de cassação.
Para a Anac, cassar a habilitação para voar é a pena mais grave dentro da ação administrativa do órgão regulador, é a punição máxima que se pode aplicar.
Quando cassado, o piloto fica dois anos sem histórico na aviação, tendo que refazer todos os cursos formativos. Dessa forma, ele perde o registro de voo e precisa começar do zero para retomar a licença.
A cassação de Cassiano chegou ao fim em outubro de 2023, mês que Cassiano fez os cursos necessários, pediu nova licença e foi contemplado com uma nova licença, já que seguiu todos os protocolos impostos pela Anac.
Mesmo com a permissão para voar, Cassiano Teodoro não tem autorização para fazer voo remunerado, que seria o táxi aéreo, que no caso dele, classificaria como Transporte Aéreo Clandestino (TACA).
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