Família de passageiro de helicóptero desaparecido em SP faz buscas por conta própria: ‘Tentando ajudar’


Operação da FAB para encontrar aeronave que desapareceu no último dia do ano passado entrou na segunda semana nesta segunda-feira (8). Quatro pessoas estavam no helicóptero. Moradores da região ajudam nas buscas por helicóptero
A família de Raphael Torres, um dos passageiros que estava no helicóptero que desapareceu ao deixar São Paulo no dia 31 de dezembro, iniciou buscas pela aeronave por conta própria. A esperança é encontrar os quatro ocupantes do helicóptero – três passageiros e o piloto – com vida.
“A família está bem apreensiva e na expectativa de conseguir boas notícias. Então estamos nessa busca junto com a polícia”, explica o cunhado da Raphael, Douglas Ferreira.
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O helicóptero desapareceu após deixar a capital paulista no último dia do ano com quatro ocupantes com destino a Ilhabela, no Litoral Norte do estado, mas não chegou até o arquipélago. Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB) é a responsável pelas buscas, que contam com apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Apesar disso, como a procura começou há mais de uma semana e nada foi encontrado até o momento, a família de Raphael também decidiu fazer buscas por conta própria.
O empresário Raphael Torres é um dos passageiros do helicóptero que sumiu em São Paulo
Arquivo pessoal
As buscas da família de Raphael têm se concentrado na região de Paraibuna, onde o helicóptero chegou a fazer um pouso antes seguir a viagem. De acordo com ele, a ideia é usar drones para localizar sinais da aeronave.
“Estamos girando com o drone para ver de que forma a gente soma nessa busca. Tentando não atrapalhar a polícia, indo no contraponto que eles estão. Cada um de um lado tentando ajudar. Vamos conseguir notícias em breve, estamos na expectativa”, afirma.
Além disso, voluntários e mateiros também têm se empenhado na operação, que abrange uma área total de cerca de cinco mil quilômetros quadrados.
Neste domingo (7), cerca de 10 pessoas atravessaram a represa de Paraibuna para acessar uma área de mata.
“Nós nos deslocamos aproximadamente 10 quilômetros dentro da mata, cobrindo uma área bem extensa e procurando locais para voos de drone. Realizamos alguns voos, porém ainda sem sucesso em encontrar algo”, diz o piloto e voluntário Glauco Costa.
Voluntários e mateiros também participam das buscas por helicóptero desaparecido
Reprodução/TV Vanguarda
Segunda semana de buscas
As buscas pelo helicóptero que desapareceu com quatro pessoas em São Paulo completaram uma semana neste domingo (7). Nesta segunda (8), as equipes iniciam a segunda semana de buscas pela aeronave, que não faz contato desde o dia 31 de dezembro.
Helicóptero que desapareceu com 4 pessoas a caminho do Litoral Norte de SP.
André de Sousa
Durante a primeira semana, foram cumpridas cerca de 56 horas de buscas, de acordo com a FAB. A área total de buscas é de cinco mil quilômetros quadrados.
Neste domingo, além da FAB, um helicóptero Águia auxiliou nas buscas, que foram concentradas no mesmo raio de atuação, com ênfase em Caraguatatuba, São Luiz do Paraitinga e Lagoinha.
Buscas por helicóptero desaparecido completam uma semana neste domingo
Ao longo da última a semana, as buscas envolveram a FAB, a Polícia Militar e a Polícia Civil. Na sexta-feira (5), a aviação do Exército também auxiliou as buscas com um helicóptero do Cavex, que fica na base em Taubaté.
No sábado (6), policiais civis instalaram uma base operacional em Paraibuna e começaram a utilizar drones para auxiliar nas buscas.
Um objetivo suspeito foi identificado pelo drone no meio da mata, mas, após averiguação, foi constatado que se tratava de um tronco de árvore.
Força Aérea faz buscas por helicóptero com 4 pessoas que saiu de SP e desapareceu a caminho do Litoral Norte.
Arte/g1
A polícia também encontrou o local em que o helicóptero fez um pouso de emergência antes de retomar voo e desaparecer. No entanto, não foram encontrados vestígios do helicóptero ou das pessoas na área, localizada em Paraibuna.
Ainda no sábado, foi envolvido nas buscas o helicóptero H-60 Black Hawk, do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAV) – Esquadrão Pantera, com nove tripulantes.
Além dele, a FAB segue utilizando a aeronave SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2°/10° GAV) – Esquadrão Pelicano.
Polícia Civil utiliza drones para buscar helicóptero desaparecido em São Paulo
Rauston Naves/TV Vanguarda
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Aeronave da Força Aérea faz buscas por helicóptero com 4 pessoas que saiu de SP e desapareceu a caminho do Litoral Norte.
Divulgação/FAB
Desaparecimento
A aeronave saiu da capital paulista com destino a Ilhabela (SP), mas perdeu o contato com as torres de comando.
O g1 apurou que os ocupantes do helicóptero são:
Luciana Rodzewics, de 45 anos;
Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos (filha de Luciana);
Raphael Torres, 41 anos (amigo de Luciana e Letícia);
Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos (o piloto).
De acordo com a Polícia Militar, que deu apoio nas buscas, a aeronave desaparecida saiu do aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo, no domingo (31), por volta das 13h15, com destino a Ilhabela.
Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos estavam na aeronave.
Arquivo pessoal
Ao g1, a irmã da passageira Luciana informou que eles planejavam fazer um bate-volta para Ilhabela. Ela alega que Raphael é amigo do piloto e convidou a Luciana e a filha para esse passeio. Não era, segundo ela, um passeio contratado.
Às 22h40, foi gerado um alerta para o Comando de Aviação e para o Corpo de Bombeiros, já que não havia registro de pouso da aeronave ou possibilidade de contato com o piloto.
O helicóptero que desapareceu possui o prefixo PRHDB, modelo Robinson 44, e é pintado de cinza e preto.
Antes de helicoptero desaparecer, passageira enviou vídeo para namorado: ‘Tempo ruim’
Enquanto estava voando a caminho de Ilhabela (SP), Letícia enviou um vídeo para o namorado, mostrando o voo e afirmou que o tempo estava ruim – assista acima.
Nas imagens feitas por Letícia, é possível ver o piloto e o passageiro Raphael Torres, na frente da aeronave. O vídeo mostra que havia muita neblina durante o voo, o que deixou a visibilidade ruim. Segundo a família, essa foi a última vez que a jovem deu notícias.
Piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos.
Reprodução/Redes sociais
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