Na segunda-feira, a moeda norte-americana teve alta de 1,87% e fechou aos R$ 6,1855. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 1,09%, aos 120.767 pontos. Dólar
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O dólar abriu a sessão desta quinta-feira (26), conforme investidores aguardavam o resultado do novo leilão anunciado pelo Banco Central do Brasil (BC) para tentar conter a subida da moeda norte-americana. A instituição anunciou que fará um leilão à vista de até US$ 3 bilhões.
Os leilões de dólar do Banco Central são uma ferramenta de regulação do mercado de câmbio e servem para aumentar a oferta de dólares disponíveis — o que, em tese, faz a cotação cair.
Com o noticiário econômico esvaziado e em uma semana mais curta por conta do Natal, momento em que os mercados ficam fechados no Brasil, investidores voltam as atenções para o mercado internacional.
Na Ásia, as autoridades chinesas anunciaram que vão aumentar o estímulo fiscal ao país no próximo ano, tendo concordado em emitir 3 trilhões de iuanes (US$ 411 bilhões ou R$ 2,5 trilhões) em títulos púbicos especiais. Se confirmado, esse será o maior valor já registrado.
Já o governo do Japão afirmou nesta quinta-feira (26) que prevê que a produção econômica atingirá capacidade total no próximo ano fiscal, pela primeira vez em sete anos, devido a um mercado de trabalho aquecido.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
O dólar abriu a sessão desta quinta-feira. Veja mais cotações.
Na segunda-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,87%, cotado a R$ 6,1855.
Com o resultado, acumulou:
ganhos de 1,87% na semana;
alta de 3,08% no mês;
avanço de 27,47% no ano.
Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, iniciam às 10h.
Na segunda-feira, o índice encerrou em queda de 1,09%, aos 120.767 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,09% na semana;
perda de 3,90% no mês;
recuo de 10% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Com o noticiário econômico esvaziado por conta do feriado de Natal, momento em que os mercados também ficam fechados no Brasil, investidores voltam as atenções para o mercado internacional.
Lá fora, o principal destaque fica com a China, após a notícia de que as autoridades concordaram em aumentar o estímulo fiscal para o próximo ano por meio da emissão de 3 trilhões de iuanes (US$ 411 bilhões ou R$ 2,5 trilhões) em títulos púbicos especiais. Se confirmado, esse será o maior valor já registrado.
As autoridades chinesas ainda informaram que aumentarão a pensão básica para aposentados e para residentes urbanos e rurais e que elevarão os padrões de subsídio financeiro para o seguro médio de residentes. As medidas vêm para tentar impulsionar o consumo do país.
Além disso, as preocupações com o quadro fiscal do país continuam na mira, após o Congresso ter concluído, na semana passada, a tramitação do pacote de cortes de gastos proposto pelo governo federal.
A ideia inicial era economizar R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, e um total de R$ 375 bilhões até 2030. Segundo cálculos do Ministério da Fazenda, no entanto, as mudanças feitas pelo Congresso devem ter um impacto de R$ 2,1 bilhões, reduzindo a economia para R$ 69,8 bilhões.
No café da manhã com jornalistas, na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as mudanças feitas pelos parlamentares não comprometem a conta final feita pelo governo.
“Fala-se em ‘desidratação’, mas havia expectativa de parte dos analistas que poderia haver ‘hidratação’ [aumento da potência dos cortes de gastos]. Os ajustes feitos na redação não afetam o resultado final. Mantém na mesma ordem de grandeza os valores encaminhados pelo Executivo”, afirmou Haddad.
O mercado, mais uma vez, contesta os números. Para a XP Investimentos, o potencial de economia fiscal recuou de R$ 52 bilhões para R$ 44 bilhões.
“Apesar da direção correta, vemos o pacote como insuficiente para garantir o atingimento das metas de resultado primário e, principalmente, a manutenção do limite de despesas do arcabouço fiscal nos próximos anos”, diz um relatório da empresa.
O governo precisa reduzir os gastos porque tem uma meta de zerar o déficit público pelos próximos dois anos — ou seja, gastar o mesmo tanto que arrecada em 2024 e 2025. O arcabouço também estipula que o governo deve começar a arrecadar mais do que gasta a partir de 2026, para controlar o endividamento público.
Mas os agentes financeiros já não esperam grande eficácia das medidas para controlar o endividamento público, e declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Fantástico consolidaram a percepção de que o governo não pretende avançar muito na contenção de despesas.
O mercado tinha a expectativa de que o governo mexesse em gastos estruturais nesse pacote de corte de gastos — como a Previdência, benefícios reajustados pelo salário mínimo e os pisos de investimento em saúde e educação. Mas isso não aconteceu.
Segundo os analistas, essas despesas tendem a subir em velocidade acelerada e têm potencial de anular esse esforço do pacote em pouco tempo. O governo, contudo, é avesso às medidas, que mexeriam com políticas públicas e com promessas de campanha do presidente Lula.
Segundo o blog do Valdo Cruz, interlocutores do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliam que o governo precisa dar uma sinalização mais forte na área fiscal, incluindo o anúncio de medidas adicionais às já anunciadas, para reverter de vez o cenário negativo que reina no mercado neste fim de ano.
Fora isso, o mercado ainda esperam dados importantes nos próximos dias, apesar de a semana ser mais lenta por conta do feriado de Natal.
Na sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os números do desemprego em novembro e a prévia da inflação de dezembro (IPCA-15). Ambos saem às 9h.
Na agenda desta segunda, o que houve de mais importante foi o reajuste de expectativas do mercado vistos no boletim Focus. A sondagem com mais de 100 instituições financeiras mostra o que os especialistas esperam para o futuro da economia.
Para este ano, a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou de 4,89% para 4,91%. Com isso, segue acima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 4,50%.
Segundo analistas, o aumento de gastos públicos é um fator que tem pesado para o aumento das projeções de inflação. Para 2025, a estimativa de inflação teve forte aumento na semana passada, avançando de 4,60% para 4,84%.
Sobre a taxa básica de juros, a projeção do mercado para o fechamento de 2025 subiu de 14% para 14,75% ao ano. Para o fim de 2026, o mercado financeiro elevou a projeção de 11,25% para 11,75% ao ano.
Já no exterior, os investidores ainda repercutem a mais recente série de reuniões de bancos centrais. Na semana passada, o Fed, banco central norte-americano, surpreendeu os mercados ao projetar um ritmo moderado de cortes nas taxas de juros do país, fazendo com que os rendimentos dos Treasuries subissem e dando um fôlego ainda maior para a valorização do dólar pelo mundo.
Entre os indicadores internacionais, destaque para as vendas de casas novas nos EUA, que se recuperaram em novembro após os prejuízos trazidos pelos furacões que atingiram o país. No mês, as vendas saltaram 5,9%, para uma taxa anual ajustada de 664 mil unidades.
Já a confiança do consumidor dos EUA, por sua vez, enfraqueceu inesperadamente em dezembro, à medida que a euforia pós-eleição presidencial diminuiu e surgiram preocupações sobre as condições futuras dos negócios. O indicador caiu para 104,7 neste mês, de 112,8 (número revisado) em novembro.
Po fim, as novas encomendas de bens de capital manufaturados dos Estados Unidos aumentaram 0,4% em novembro em relação ao mês anterior, em meio à forte demanda por maquinário.
*Com informações da agência de notícias Reuters
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