Biólogos ressaltam que não é possível afirmar com certeza a espécie da serpente, a não ser que haja uma análise em mãos. Serpente que pode ser de espécie exótica foi solta na natureza em Rio Verde
A serpente que foi solta pelos bombeiros em uma mata de Rio Verde, no sudoeste goiano, foi encontrada por uma moradora enquanto ela rezava no quintal de casa. Enquanto o Corpo de Bombeiros identificou o animal como uma jiboia albina, especialistas explicam que há a possibilidade que ela seja uma píton albina, uma espécie exótica.
A médica veterinária Luana Borboleta ressaltou, no entanto, que não é possível afirmar com certeza que essa serpente seja uma píton, a não ser que haja uma análise em mãos.
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À TV Anhanguera, a moradora Mariluce Gonçalves contou que ficou com muito medo ao ver a serpente. No entanto, explicou que ela estava esticada em uma árvore.
“Eu fiquei com muito medo. Ela estava esticadinha no galho da árvore. Eu pensei que ela estivesse invernada, ou coisa assim, para fazer digestão, já que na barriguinha dela tinha uma bolinha”, disse Mariluce à TV Anhanguera.
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Serpente solta em mata de Rio Verde
Reprodução/TV Anhanguera
Resgate de animal
O Corpo de Bombeiros informou que o animal foi identificado como uma jiboia e que, de acordo com o protocolo de atendimento, ele foi devolvido à natureza por estar saudável. Os bombeiros disseram ainda que fotos e vídeos do animal foram analisados por técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Verde, após a devolução dele à natureza.
Os técnicos da prefeitura também afirmara se tratar de uma jiboia, de acordo com a corporação. O g1 tentou contato com a secretaria por e-mail e telefone na tarde de sexta-feira (3), mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
A Polícia Civil informou que não há registro de ocorrência de desaparecimento de serpente doméstica em Rio Verde .
Espécie da serpente
Bombeiros devolvem cobra em mata em Rio Verde
Reprodução/TV Anhanguera
Após divulgação das imagens, especialistas suspeitaram da possibilidade dessa serpente se tratar de uma píton albina.
“No entanto, é impossível ter 100% de certeza porque não estamos com o bicho em mãos para que a possa analisar algumas características morfológicas dele”, considerou Alessandro Morais, biólogo especialista em répteis.
De acordo com Alessandro, se confirmada a presença da píton nas áreas do cerrado, há a possibilidade de que o animal cause prejuízos ao ecossistema local.
“Há relatos de desequilíbrios ambientais importantes causados pelas espécies birmanesa e reticulada, que são de grandes dimensões”, explicou a médica veterinária Luana Borboleta.
“O protocolo seria não soltar na região, dado que isso poderia trazer prejuízos para espécies nativas, como a transmissão de doenças, a predação de espécies nativas, a competição e, consequentemente, causar um desequilíbrio”, considerou.
Sobre as pítons de forma geral, a médica veterinária Luana Borboleta explicou ainda que existem várias espécies, com características e tamanhos diferenciados.
“[Elas] também possuem a característica de serem mais agressivas e são ótimas predadoras. As pítons são ovíparas e geram um número de filhotes muito maior do que a sucuri, que é a serpente de grande porte que temos no Cerrado”, completou a médica veterinária.
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