Presidente Yoon Suk Yeol, que sofreu impeachment em dezembro por decreto de lei marcial, tem mandado de prisão expedido contra ele. Crise na Coreia do Sul: manifestantes pró e contra presidente afastado protestam nas ruas do país.
Reprodução/Jornal Nacional
A Coreia do Sul teve mais um dia de impasse neste sábado (4). Manifestantes contra e a favor cercam a residência do presidente afastado Yoon Suk Yeol, que está com a prisão decretada.
Milhares de sul-coreanos protestaram contra o presidente afastado.
“Sob a administração dele, a polícia reprime os manifestantes com força excessiva. Eu sinto muita raiva”, disse Hyun Jong-Hee, de 41 anos.
Agentes impediram que o grupo se aproximasse dos acessos à residência presidencial, onde apoiadores de Yoon Suk Yeol já estavam reunidos.
Muitos passaram a noite toda lá, não só para mostrar apoio, mas também para tentar impedir uma nova tentativa de prender o líder conservador.
“Acho que temos todo o direito de resistir a um mandado de prisão ilegal”, considerou uma mulher.
A guarda presidencial e tropas militares impediram a prisão de Yoon Suk Yeol na sexta-feira. Foram cerca de seis horas de impasse.
Essa crise começou há um mês. No dia 3 de dezembro, com políticas bloqueadas pela oposição, Yoon Suk Yeol decretou lei marcial no país.
A tentativa de golpe durou poucas horas. Deputados consideraram ilegal o decreto, que limitaria direitos civis e a liberdade de imprensa.
A Assembleia Nacional votou pelo impeachment no dia 14, e Yoon Suk Yeol foi afastado do cargo enquanto o Tribunal Constitucional julga a perda definitiva do mandato.
Por isso, Yoon ainda tem a proteção da guarda presidencial.
O chefe da guarda foi convocado para um interrogatório na próxima terça (7), suspeito de tentar obstruir a Justiça.
Um comitê investiga o presidente afastado por tentativa de insurreição e voltou a pedir ao presidente em exercício que oriente a guarda presidencial a cumprir a ordem de prisão, aprovada por um tribunal depois que Yoon Suk Yeol ignorou várias intimações para depor.
O mandado tem prazo de validade até segunda-feira (6).
O mundo acompanha os desdobramentos da crise na Coreia do Sul.
Os Estados Unidos pediram que os líderes políticos sul-coreanos trabalhem para um caminho estável.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, viaja a Seul para um encontro no início da semana com o ministro das Relações Exteriores.