A cidade de Nova York iniciou neste domingo (5) a cobrança de pedágio para motoristas que trafegam pela área central e sul de Manhattan, abrangendo ruas abaixo da rua 60 e a divisa do Central Park.A medida tem um opositor de peso:o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
A medida abrange regiões famosas, como Wall Street, e tem como objetivo principal reduzir o número de veículos individuais, incentivando o uso de transporte público e diminuindo a emissão de gases poluentes.
Segundo dados do governo, atualmente cerca de 700 mil veículos circulam diariamente pela área, contribuindo para a redução da velocidade média dos carros, que caiu de 14,6 km/h em 2010 para 11,4 km/h em 2024.
Os valores cobrados variam de acordo com o tipo de veículo e o horário. Carros de passeio e pequenos veículos comerciais pagam US$ 9 em horários de pico e US$ 2,25 fora desses períodos. Táxis e veículos de aplicativo terão uma taxa adicional aplicada à corrida.
Motos devem pagar US$ 4,50 no horário de pico e US$ 1,05 fora do pico. Caminhões e ônibus enfrentam tarifas que vão de US$ 14,40 a US$ 21,60 no horário de pico e US$ 3,60 a US$ 5,40 em outros horários.
O pagamento é diário e exige o uso do sistema eletrônico EZ-Pass, mas motoristas sem o dispositivo receberão a cobrança pelo correio, com valores superiores.
Os recursos arrecadados serão destinados a melhorias na infraestrutura de transporte público, com reajustes programados para 2028 e 2031.
Donald Trump é contra
A medida gerou protestos do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que se comprometeu a interromper o programa ao assumir o cargo em 20 de janeiro.
Segundo o empresário, o pedágio prejudicará Nova York, podendo obrigar empresas a se mudarem para outros municípios.
No entanto, a prefeitura defende que o plano, além de reduzir o trânsito e a poluição, visa melhorar a qualidade de vida dos moradores da cidade. Não há, até o momento, garantias de que Trump conseguirá implementar suas intenções de barrar o programa.