Equipamento fica em Feira de Santana e oi fundado em 1982. Teatro Margarida Ribeiro é fechado pela prefeitura de Feira de Santana
Divulgação/Antonio Carlos Magalhães/PMFS
O Teatro Municipal Margarida Ribeiro, em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, foi fechado pela Fundação de Tecnologia da Informação e Telecomunicações Egberto Tavares Costa. De acordo com o presidente do órgão, Antônio Carlos Coelho, a decisão foi tomada devido ao abandono do espaço, que resultou em problemas estruturais e elétricos que oferecem perigo aos visitantes e funcionários.
Fundado em 1982, o equipamento fechou as portas na última sexta-feira (3). Não há detalhes se a agenda para este ano já havia sido aberta para marcações de pautas, contudo, em 2024 o teatro funcionou normalmente, com realização de eventos culturais, solenidades e oficinas.
Ainda segundo Antônio Carlos, um diagnóstico feito no local identificou que a iluminação cênica apresenta grande risco de incêndio. Além disso, outras situações, que não foram detalhadas, também contribuíram para o fechamento.
A Superintendência de Obras e Manutenção da prefeitura está analisando a situação, mas ainda não há prazo para que o teatro seja reaberto.
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História do Teatro Margarida Ribeiro
O Teatro Margarida Ribeiro foi inaugurado em novembro de 1982, após o então prefeito José Raimundo de Azevêdo transformar o auditório do Colégio Monteiro Lobato em um espaço cultural, atendendo a pedidos da classe artística local.
Localizado no bairro Capuchinhos, o teatro passou por outros períodos de desativação no passado. Entre 1997 e 2007, ficou fechado para espetáculos, sendo utilizado apenas para ensaios e oficinas até 2003. Em setembro de 2008, foi reinaugurado após reformas que incluíram melhorias na estrutura física, bem como novos equipamentos de sonorização e iluminação cênica.
Atualmente, o equipamento conta com sistema de refrigeração, 258 poltronas, espaços adaptados para pessoas com deficiência, palco de 10 metros por 8,5 metros, dois camarins e bilheteria.
O teatro leva o nome de Margarida Ribeiro, atriz e ativista política de Feira de Santana. Ela marcou a história cultural e social do município através das artes cênicas e por participar no trigésimo Congresso da União dos Estudantes (UNE) realizado clandestinamente em 1968, quando foi presa pelo DOPS. Margarida morreu em 1975, vítima de um acidente automobilístico, enquanto se deslocava para a Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde estudou.
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