Após decretar emergência por conta da dengue, Acre vai receber reforço de equipes do Ministério da Saúde


Equipe chega em Rio Branco na próxima segunda (13) para prestar apoio técnico voltado à reorganização dos servidores de saúde, vigilância e assistência aos moradores. O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, tem uma grande capacidade de adaptação.
CDC
Uma equipe técnica do Ministério da Saúde deve chegar ao Acre, nesta segunda-feira (13), para acompanhar a situação dos casos de dengue e outras arboviroses que têm aumentado no estado nas primeiras semanas de janeiro.
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A visita foi confirmada oficialmente neste sábado (11) pela pasta. Inicialmente, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, também deveria acompanhar a equipe.
Conforme o Ministério da Saúde, porém, houve uma mudança nos planos e agora ela deve cumprir agendas em Roraima. Entretanto, uma vinda ao Acre, posteriormente, não está descartada.
No Acre os técnicos do Ministério da Saúde devem prestar apoio técnico voltado à reorganização dos servidores de saúde, vigilância e assistência aos moradores. Até a última atualização desta reportagem, não foi divulgado quanto tempo deve durar a visita.
Acre teve 2ª maior incidência de dengue do Norte
Com média de 841,3 casos para cada 100 mil habitantes, o Acre foi o 13º estado em incidência de dengue no Brasil em 2024 e o segundo maior da região Norte, ficando atrás apenas do Amapá, conforme os dados emitidos pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizados até o último dia 27 de dezembro.
Segundo o Ministério da Saúde, a dengue parte de um grupo de doenças chamada de arboviroses. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Aspectos como a urbanização, o saneamento básico precário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do mosquito.
No ano passado, os casos prováveis da doença no estado totalizaram 7.409, sendo que destes, 4.025 foram confirmados, com uma vítima fatal, e 3.384 foram descartados. Em comparação com 2023, quando foram registradas 7.705 notificações por dengue, houve uma redução de 3,8%.
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O coeficiente de incidência dos casos prováveis de dengue expressa o número de novas notificações de um determinado período. Confira abaixo como ficou a situação dos casos prováveis de dengue na região Norte em 2024, para cada 100 mil habitantes:
Amapá: 1315,3
Acre: 841,3
Rondônia: 305,3
Tocantins: 298,7
Pará: 251,8
Amazonas: 212,4
Roraima: 103,2
O mês que registrou o maior número de casos prováveis de dengue foi em dezembro, com 2.219 casos, seguido de janeiro e novembro. Já o mês com menos registros foi junho, com 94 casos. Em seguida, vem agosto e julho. (Confira abaixo a situação mês a mês, seguido da posição)
Janeiro – 2.069 (2º)
Fevereiro – 685 (4º)
Março – 459 (5º)
Abril – 358 (6º)
Maio – 200 (8º)
Junho – 94 (12º) – mês com menos registros
Julho – 97 (10º)
Agosto – 96 (11º)
Setembro – 120 (9º)
Outubro – 334 (7º)
Novembro – 742 (3º)
Dezembro – 2.129 (1º) – mês com mais registros
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Casos prováveis por município
Com relação aos municípios, Rio Branco teve 660 casos prováveis de dengue, sendo o município com a quantidade de registros. Em seguida, vem Epitaciolândia com 528 e Assis Brasil com 340.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, as mulheres têm a maior taxa com 52% de casos prováveis de dengue. O sexo masculino tem 48%. A faixa etária foi o público de 20 a 29 anos.
Todas as 22 cidades registraram pelo menos um caso provável, como foi o caso de Santa Rosa do Purus, por exemplo. (Veja abaixo a quantidade por município)
Rio Branco – 660;
Epitaciolândia- 528;
Assis Brasil – 340;
Brasiléia – 431;
Cruzeiro do Sul – 277;
Feijó – 251;
Mâncio Lima – 196;
Rodrigues Alves – 119;
Marechal Thaumaturgo – 82;
Sena Madureira – 66;
Bujari – 37;
Tarauacá – 33;
Plácido de Castro – 30;
Porto Acre – 31;
Capixaba – 27;
Porto Walter e Senador Guiomard – 24;
Acrelândia e Xapuri – 14;
Jordão e Manoel Urbano – 3;
Santa Rosa do Purus – 1;
Ainda segundo o órgão, todas as idades são capazes de ter a doença. Porém, as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Principais sintomas:
Dores fortes na barriga;
Vômitos persistentes;
Transpiração abundante;
Fraqueza;
Sonolência;
Irritabilidade;
Dificuldades para respirar;
Dor de cabeça;
Hemorragia (sangue no vômito ou nas fezes);
Dificuldade para urinar;
Febre.
Dicas de prevenção:
Esvazie garrafas PET, vasos e potes;
Guarde pneus em locais cobertos ou descarte borrachas;
Mantenha caixas de águas fechadas e limpas;
Amarre os sacos de lixos;
Não acumule lixos.
Saúde decreta emergência
Por conta do aumento nos casos de dengue e síndromes respiratórias (SRAGs), a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) declarou emergência em todo o estado. O anúncio foi feito em entrevista coletiva na manhã da última quarta-feira (8) em Rio Branco.
Ainda na coletiva, o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, afirmou que um plano de contingência foi elaborado, e que o combate à dengue conta com a participação de diversos órgãos.
*Estagiária sob supervisão de Renato Menezes.
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