Iniciativa faz parte da estratégia de divulgação das regras dos acordos e visa reforçar a fiscalização e conservação dos recursos pesqueiros por meio de sinalização e monitoramento colaborativo. Lideranças comunitárias e instituições parceiras presentes na entrega das placas de sinalização dos acordos de pesca
Sapopema / Divulgação
Mais um passo importante foi dado na implementação dos acordos de pesca no Baixo Amazonas, com a entrega simbólica de 30 placas de sinalização para as comunidades. O objetivo é reforçar as regras estabelecidas nas localidades, indicando as proibições e permissões relacionadas à atividade pesqueira. A medida faz parte de uma estratégia mais ampla de monitoramento que inclui o uso de GPS, embarcações e vigilância para garantir o cumprimento dos acordos.
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De acordo com coordenador da Sapopema, Antônio José Bentes, a entrega das placas é um marco no processo de construção dos acordos de pesca. Ele ressaltou que este é um processo demorado, com sacrifícios e investimentos, mas que tem como principal objetivo a preservação dos recursos pesqueiros para as gerações futuras.
“O monitoramento, agora em andamento, é uma fase essencial para verificar se as regras de conservação estão, de fato, surtindo efeitos positivos sobre os estoques pesqueiros da região”, ressaltou Antônio José.
Placas de sinalização de acordos de pesca doados a comunidades do Baixo Amazonas
Sapopema / Divulgação
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), Rodolfo Zaluth Bastos, explicou que a fase atual do projeto é um apoio à estruturação pós-acordo, quando as comunidades já definiram suas regras. Ele destacou a importância da sinalização, que nunca havia sido realizada antes, para que os pescadores e aqueles de fora saibam claramente os limites das áreas de pesca e as regras que devem ser seguidas.
Bastos também mencionou o apoio às comunidades com recursos como embarcações, GPS e tablets para monitoramento, além de programas de capacitação voltados para mulheres, com cursos de geração de renda alternativa.
Para Lucilene Amaral, da TNC, a entrega das placas representa um marco significativo para o fortalecimento da fiscalização e da conservação dos recursos naturais da região. Ela reforçou que o processo é resultado de um esforço colaborativo entre a Sapopema, as colônias de pescadores e o governo, com uma abordagem participativa que envolve as comunidades locais na escolha dos pontos estratégicos para a instalação das placas.
Pesca comunitária do mapará na comunidade Boa Vista do Tapará, em Santarém
Arquivo/G1
A importância da participação das comunidades no monitoramento dos acordos também foi ressaltada por Manoel Pinheiro, coordenador do Mopebam. Ele afirmou que, após anos de lutas e discussões, a implementação desse sistema de monitoramento é um passo inédito para a região, que finalmente está recebendo a atenção e os recursos necessários para garantir a efetividade dos acordos de pesca.
Com a instalação das placas e o monitoramento em andamento, a expectativa é de que a pesca na região seja mais sustentável, contribuindo para a conservação dos ecossistemas e garantindo a abundância de peixe para as gerações atuais e futuras.
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