Moradores poderão acompanhar relatório mensal nos sites do próprio Inpe, do Inmet, ANA e Cenad. Objetivo é fazer o monitoramento e previsões sobre o fenômeno neste ano. Monitoramento no Inpe, em Cachoeira Paulista, SP
Reprodução/TV Vanguarda
O Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) lançou, nesta sexta-feira (29), um painel dedicado ao fenômeno El Niño, responsável por provocar diversas alterações no clima. O lançamento foi feito durante a celebração do aniversário de 53 anos do Inpe, em Cachoeira Paulista (SP).
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O boletim é o resultado de ação conjunta entre o próprio Inpe, juntamente com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad).
O g1 fez um guia explicando o que é o boletim, quais tipos de informações são disponibilizadas para a população e mostrando o caminho para acessar. Confira:
Imagens do primeiro boletim referente ao El Niño
Reprodução
Quais informações constam no boletim?
O boletim aborda, em linhas gerais, as condições observadas sobre precipitação, situação do El Niño no Oceano Pacífico, previsão do tempo, monitoramento de secas, situação dos reservatórios, situação de rios e ações para gestão de riscos e desastres.
O primeiro boletim divulgado apontou que, nos meses de agosto e setembro, a região apresentou ‘sinais de atividade convectiva anômala em associação ao desenvolvimento de nuvens profundas’, que são comuns no El Niño.
De acordo com o Inpe, desde junho as condições de temperatura da superfície do mar observadas mostram um padrão típico do El Niño, se apresentando na forma de uma faixa de águas quentes em grande parte do Pacífico equatorial.
Além disso, um possível efeito do El Niño foi observado no Rio Grande do Sul, com o maior volume de precipitação acumulada, no período de 1 a 19 de setembro, cujos valores ficaram em torno de 450 milímetros.
Nos demais Estados do país houve um déficit de precipitação, com volumes superiores a 50 milímetros abaixo da média histórica na Região Norte.
Nasa capta imagem do El Niño – fenômeno meteorológico eleva as temperaturas
Sentinel-6 Michael Freilich / Nasa
Como essas informações são úteis para a população?
Todas as informações do boletim têm também o objetivo mais específico de apoiar os órgãos federais e estaduais responsáveis pela elaboração de previsões meteorológicas e ações de preparação para desastres.
Com as previsões subsazonais, que possuem estimativas futuras sobre a chuva, seca, nível de reservatórios, previsão do tempo e afins, há um período de tempo para que os dados coletados e as projeções possam ser analisadas pelos órgãos responsáveis.
Com a análise antecipada, as prefeituras, Defesa Civil e governos estaduais e federais podem se planejar, promovendo ações coordenadas que evitem ou tentem reduzir ao máximo tragédias relacionadas ao clima.
Além dos órgãos oficiais, todas as informações são disponibilizadas para a população, para que todos os interessados possam ter acesso aos dados nacionais e da própria região.
Em 2017, o El Niño provocou chuvas torrenciais no Peru que levaram a inundações e deslizamentos de terra, afetando milhares de pessoas
GETTY IMAGES/via BBC
Como acessar o boletim?
Segundo o Inpe, as atualizações devem ser feitas mensalmente e divulgadas nos sites dos órgãos que estão envolvidos no projeto. O objetivo é fazer o monitoramento e previsões sobre o El Niño em 2023, alertando sobre possíveis impactos.
O painel de informações deve ser divulgado em formato de boletim, que poderá ser acessado e lido por qualquer pessoa. O primeiro boletim divulgado pelos institutos foi no dia 20 de setembro, mas o lançamento oficial só aconteceu nesta sexta.
Em 2015, RS sofreu com os efeitos do El Niño
Reprodução/RBS TV
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