Entre as espécies mais afetadas está o pirarucu, que é a base do sustento das comunidades indígenas na maior ilha de água doce do mundo. Equipes do Ibama montam força-tarefa para salvar peixes da seca na Ilha do Bananal, no Tocantins
Reprodução/TV Globo
Na Ilha do Bananal, no Tocantins, equipes do Ibama montaram uma força-tarefa para salvar os peixes da seca.
Os peixes agonizam nas poças de lama que ainda restam no Lago Bananal. Entre as espécies mais afetadas está o pirarucu, que é a base do sustento das comunidades indígenas na maior ilha de água doce do mundo. Um grupo de brigadistas do Ibama tenta salvar um a um.
“Aqui nesse lago, a água nunca tinha secado. É a primeira vez que ela seca e puderam ver que o prejuízo ambiental é enorme. Então, a gente está aqui empenhada, a Brigada Javaé, para tentar minimizar essa perda ambiental”, diz Cleber Javaé, chefe de brigada.
Carcaças de animais são vistas por todos os lados na Ilha de Bananal, no Tocantins
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Já são seis meses sem chuva, com a vegetação sendo castigada pela seca e pelo fogo. Um veado teve dificuldade ao caminhar pela lama, procurando água e comida. Essa é uma das maiores secas da história da Ilha do Bananal, e essa região, que é considerada uma das áreas úmidas mais importantes do planeta, agora está com carcaças de animais por todos os lados.
Veado com dificuldade de andar nas poças de lama que ainda restam no Lago Bananal
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Um tanque foi improvisado na carroceria de uma caminhonete para transportar os animais até o rio mais próximo que ainda não secou. Cada peixe pesa até 15 kg. Depois de resgatados, eles são soltos cuidadosamente para se adaptar ao novo espaço.
Equipes do Ibama montam força-tarefa para salvar peixes da seca na Ilha do Bananal, no Tocantins
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O brigadista Donizeth Javaé, indígena do povo Javaé que cresceu no lago, não se conforma com a tragédia ambiental.
“É uma catástrofe muito grande, porque é um lago de suma importância, tem um histórico grande, onde surgiu a história do povo Javaé nesse local. Aqui temos aldeias velhas ao redor. Então, é uma tristeza grande, enorme. Estão morrendo toneladas de peixes, milhares de várias espécies”, lamenta.
Os peixes agonizam nas poças de lama que ainda restam no Lago Bananal
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