Serão contemplados com o fundo projetos de populações tradicionais, pequenas organizações não governamentais, grupo de base comunitária, associações representativas como quilombolas, indígenas, entre outros. Mata Atlântica serviu como base para o estudo pioneiro na floresta tropical
Nacho Villar/Arquivo Pessoal
O Fundo Casa Socioambiental, organização que busca promover a conservação dos biomas e a sustentabilidade ambiental, está com inscrições abertas para projetos locais para proteger e revitalizar a Mata Atlântica.
Ao todo, o fundo está disponibilizando R$ 1,8 milhão para 45 projetos, que vão receber R$ 40 mil cada um. Podem se inscrever comunidades e organizações que desenvolvam trabalhos de preservação do bioma nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
De acordo com a ambientalista Maria Amália Souza, fundadora do Fundo Casa Ambiental, o programa tem como foco atender os programas locais, de pessoas engajadas e que podem fazer uma diferença significativa com o uso do recurso.
“Não é a quantidade de recursos que você coloca na mão das pessoas, é o que elas conseguem fazer com esse valor. O que os grupos de base comunitárias estão protegendo florestas, rios, campos e mares. Estão fazendo um trabalho fenomenal e precisam de um valor pra fazer com que isso aumente”, disse.
“O efeito de qualquer valor, mas do valor que eles podem receber e podem administrar sozinhos, é o que faz a grande diferença no todo, na proteção desses lugares. É a quantidade de apoios combinados nas mãos da comunidade, essa é a estratégia que vai salvar esse planeta”, afirmou.
Áreas de Mata Atlântica e encontro de rios em São Vicente.
Divulgação/Prefeitura de São Vicente
Amélia destacou que serão contemplados com o fundo projetos de populações tradicionais, pequenas organizações não governamentais, grupo de base comunitária, associações representativas como quilombolas, indígenas, entre outros.
As inscrições devem ser feitas até o dia 27 de junho, por meio do site do fundo. Os detalhes sobre os critérios de seleção e documentos necessários para inscrição estão disponíveis no site.
O Fundo Casa Socioambiental desenvolve uma rede de apoio a pequenas iniciativas da sociedade civil. Uma rede que mobiliza recursos, fornece suporte e fortalece as capacidades, dando autonomia para esses grupos espalhados por toda a América do Sul.
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Impacto
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O fundo criado por Amália apoia atualmente uma média de 500 projetos por ano. Ao longo dos 18 anos de existência, o número total chega a três mil em 10 países diferentes, tendo movimentado mais de R$ 60 milhões.
Entre as comunidades contempladas estão:
associações de pescadores em regiões afetadas por vazamento de óleo;
mulheres artesãs;
associações de agroecologia;
comunidades indígenas;
quilombolas;
sustentabilidade urbana;
soberania alimentar.
Áreas de Mata Atlântica e encontro de rios em São Vicente.
Divulgação/Prefeitura de São Vicente
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Marcelo Maux
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