Consumida em receitas de festas juninas e quermesses, farinha de milho é um dos principais ingredientes do bolinho caipira. Do milho, é extraído também a canjica. Bolinho caipira faz produção de farinha aumentar em até 40% em fábricas da região
Divulgação/Bonamil Aliementos
Com a chegada das festas típicas do mês de junho, a demanda por farinha de milho cresce de 30% a 40% em fábricas do Vale do Paraíba.
O produto é enviado para toda a região praticamente, mas entre os principais consumidores estão os mercadões de São José dos Campos, Jacareí, Caraguatatuba, Redenção da Serra e até municípios de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
Em Cunha, o proprietário de uma fábrica de farinha de milho e derivados, Paulo Sérgio Zaccaro, diz que desde o frio até as festas contribuem para o aumento.
“A produção cresce bastante e chega a aumentar quase o dobro, também em razão do frio e não apenas das festas juninas e quermesses. No geral, a demanda chega a ser de 35% a 45% nessa época. A gente produz por mês de 50 a 70 toneladas de farinha”.
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Devido a quantidade, Zaccaro chega a contratar alguns trabalhadores temporários para ajudar os 13 funcionários fixos que ficam apenas na produção.
Paulo garante que a produção é 100% sem aditivo químico e corante. “Aqui não utilizamos também a lenha. Para isso, usamos o pó de serra que são descartados em serralherias”, complementa.
Farinha de mandioca, canjiquinha, fubá e farinha de milho são produzidos na fábrica fundada em 1994.
Bolinho caipira faz produção de farinha aumentar em até 40% em fábricas da região
Divulgação/Bonamil Alimentos
A produção é mais industrial e sofisticada, mas o processo é quase o mesmo para se produzir uma farinha.
“Compramos o milho de fora, às vezes de Minas Gerais, Goiás ou São Paulo. Depende do preço e tipo do milho”, explica Paulo.
Na fábrica, o milho chega em grão, passa pela desgerminador, tira a pele e os germes do milho deixando apenas a parte amarela, conhecida por ser canjica. Na fábrica do Paulo, o milho fica de molho por quatro dias em tonéis de 30 mil quilos cada.
“Depois, ele é lavado, escorrido, passa pelo moinho e fermentação e peneirado em forno”, detalha.
Bolinho caipira faz produção de farinha aumentar em até 40% em fábricas da região
Divulgação/Farinha Paraibuna
Outra cidade da região conhecida pela produção de farinha é Paraibuna. A fábrica, que traz o nome da cidade, também registra aumento com a chegada das festas caipiras.
Segundo Carlos Alberto do Nascimento Júnior, um dos proprietários da fábrica, a alta chega a 30%. E não é só apenas o bolinho que faz a procura aumentar. Segundo ele, nessa época o volume fica maior também devido ao frio, ao consumo de paçoca e caldinhos em geral.
Bolinho caipira faz produção de farinha aumentar em até 40% em fábricas da região
Divulgação/Farinha Paraibuna
Fundada em 1970, a fábrica familiar é conhecida pela região por sua produção ser mais próxima do manual. A tradição da família, que resiste há três gerações, envolve todo o processo industrial, mas sem perder algumas características artesanais.
“A nossa produção é menor justamente por conta do processo ser diferente do que é feito no mercado em geral. Desde o preparo da matéria prima, o tempo de hidratação, tudo reflete no produto final. E aqui nós priorizamos produzir menos, mas com a nossa qualidade e tradição”, afirmou.
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