Tragédia no Litoral de SP: 5 perguntas e respostas seis meses após o desastre


Chuvas que deixaram 64 mortos em São Sebastião completam seis meses neste sábado (19) e o g1 reuniu as principais perguntas e respostas a respeito da tragédia após o período. Temporal devastador destrói moradias na Barra do Sahy, em São Sebastião, SP
Rauston Naves/TV Vanguarda
A tragédia que atingiu centenas de famílias no Litoral Norte de SP, principalmente em São Sebastião (SP), completa, neste sábado (19), seis meses.
As famílias mais atingidas na cidade foram as da costa sul, especialmente os moradores da Barra do Sahy. Com as enchentes e deslizamentos, muitas famílias ficaram desabrigadas e, ao todo, 64 pessoas morreram.
À época, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontaram que as fortes chuvas que atingiram o litoral paulista foram as maiores já registradas na história do país.
Seis meses depois, o g1 reuniu as principais perguntas e respostas a respeito da tragédia. Confira abaixo:
Onde as famílias que foram afetadas pelas chuvas vivem atualmente?
Algumas famílias foram abrigadas no conjunto de Quaresmeira, de Bertioga. Além disso, cerca de 200 famílias optaram pelo ‘recâmbio social’, onde a prefeitura paga passagem de volta para a terra natal. Outras 100 famílias optaram pelo ‘aluguel social’.
Como está o andamento da construção das moradias populares e qual a previsão para conclusão?
A estimativa atual da prefeitura é que até 3,5 mil famílias vivem em área de risco. A previsão do governo é entregar, em outubro, as primeiras unidades habitacionais nos bairros Baleia Verde e Maresias.
De acordo com o Governo do Estado, 10 torres já foram erguidas no bairro Baleia Verde. Essas torres devem abrigar 518 famílias e será composto por quatro pavimentos, 20 casas térreas, 18 unidades adaptadas para pessoas com deficiência e quatro centros de apoio.
Em Maresias, o governo afirmou que as obras estão ‘em fase avançada’ e que as entregas vão de outubro até o fim do ano.
Estado inicia montagem de moradias definitivas para vítimas da chuva em São Sebastião
João Mota/TV Vanguarda
Como está o plano de reconstrução da cidade?
De acordo com a prefeitura, o plano de reconstrução da cidade atende um eixo de 35 quilômetros, com ações de drenagem, pavimentação, passeios, saneamento e reconstrução de postos de saúde, creches e escolas. Ao g1, a prefeitura explicou que prazo para a execução desse plano está ‘distante’ e depende de outras medidas, como a decisão da Justiça pelos royalties do petróleo na disputa judicial com Ilhabela.
Como funcionava o sistema de alerta antes da tragédia e como ele foi aprimorado atualmente?
São Sebastião contava com um sistema de monitoramento de áreas de risco, baseado em um ‘trabalho de alerta e de informações através das redes sociais e da imprensa’. Após a tragédia, o governo estadual sinalizou a instalação de uma sirene, em projeto piloto, na Barra do Sahy. A expectativa da prefeitura é instalar um radar meteorológico para acompanhar formação de nuvens, tempestades, além da combinação entre a elevação da temperatura do mar com o sistema de baixa pressão, que pode provocar chuvas torrenciais.
Deslizamento em São Sebastião
Amanda Perobelli/Reuters
Alguém foi responsabilizado pela tragédia?
Segundo a prefeitura, ninguém foi responsabilizado porque foi uma tragédia que aconteceu devido a funções climatológicas. A prefeitura afirmou ainda que a catástrofe aconteceu devido às condições climáticas adversas, somadas às ocupações irregulares e faltas de políticas públicas ao longo dos anos. “Não é um momento para buscar culpados, mas sim fazer uma reflexão rápida para que o país possa evitar novas tragédias”, disse o prefeito Felipe Augusto (PSDB).
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