Ilzo teve morte cerebral na última terça-feira (14) e irmãs autorizaram que os órgãos fossem doados. Ilzo teve morte cerebral após um aneurisma e teve a doação dos órgãos autorizada pela família
Arquivo pessoal
“Ele tinha vontade de doar porque nós tivemos uma irmã que perdeu os rins e recebeu de uma pessoa que morreu. Ele falava que ele não pôde doar para ela, porque não era compatível, porém queria doar para ajudar outras pessoas. Por isso foi a minha luta, junto com as minhas outras irmãs para que a gente conseguisse fazer essa doação”.
Essas palavras são de Itelvina Soares, irmã de Ilzo, um morador de Jacareí que faleceu após sofrer um aneurisma no último sábado (11).
O homem já havia manifestado à família, em vida, o desejo de ser doador de órgãos e as irmãs autorizaram a doação após o diagnóstico de morte cerebral, na terça-feira (14).
A importância da doação de órgãos: família realiza desejo de irmão para ser doador
Segundo a família, a vontade de Ilzo começou quando uma de suas irmãs precisou receber um rim transplantado. Na época, o irmão teve o desejo de doar, mas não foi possível por falta de compatibilidade.
O fígado doado já foi transplantado para outro paciente já nesta quarta-feira (15) em São José dos Campos. Os rins serão levados para a Unicamp para lá definirem os pacientes que irão recebê-los.
“Nós fazemos o transplante de fígado desde 2009 e estamos aproximadamente com 450 transplantes aqui já na cidade. Em 2023 foram 32 até agora”, disse o médico André Gustavo Pereira, da equipe de transplantes da Santa Casa de São José dos Campos.
Ilzo teve morte cerebral e as irmãs autorizou a doação dos órgãos
Arquivo pessoal
Incentivo para as famílias
A atitude da família de Ilzo ainda precisa incentivar outras pessoas. Quase 40% dos familiares ainda recusam a autorização para doar órgãos.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, os números de 2023, são melhores do que os do ano passado, mas poderiam ser maiores ainda.
Secretaria de Saúde de São Paulo divulga números sobre transplantes
Reprodução/ TV Vanguarda
De janeiro a outubro de 2022, foram feitos seis mil transplantes no estado de São Paulo. No mesmo período, neste ano, foram 500 a mais.
Nos 10 meses do ano, o número de doadores passou de 716 do ano passado, para 800 em 2023. Para os que desejam ser doares, é importante manifestar o desejo aos familiares. A autorização pode ser feita por um parente de até segundo grau do doador.
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