Audiência na Justiça para discutir intervenção na Vila Sahy, em São Sebastião, dura 9h30 e termina sem conclusão


Justiça pediu um prazo de cinco dias para que Ministério Público, Defensoria Pública, Governo do Estado de São Paulo e associação de moradores do local manifestem suas conclusões antes de tomar uma decisão. Audiência na Justiça para discutir intervenção na Vila Sahy, em São Sebastião, dura 9h30 e termina sem conclusão
Peterson Grecco/TV Vanguarda
A audiência realizada para discutir o futuro dos moradores do bairro Vila Sahy, em São Sebastião, durou cerca de 9h30, mas terminou sem conclusão. A região ficou devastada após o temporal histórico que atingiu a cidade no início do ano, quando 64 pessoas morreram.
A audiência virtual aconteceu nesta terça-feira (5), após um pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para remoção imediata dos moradores das áreas de risco da vila. A PGE pede a demolição de 893 imóveis em áreas de risco no bairro – leia mais detalhes abaixo.
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Após 9h30 de discussão, o juiz Vitor Hugo Aquino de Oliveira, da 1ª Vara Cível de São Sebastião, pediu um prazo de cinco dias para que Ministério Público, Defensoria Pública, Governo do Estado de São Paulo e associação de moradores do local manifestem suas conclusões antes de tomar uma decisão.
A audiência teve como objetivo discutir a situação que envolve a desocupação de moradores no local, além da demolição de casas no bairro, devido aos riscos de desabamentos apontados pela PGE.
Ela foi solicitada pela Justiça, que pediu informações como a área de risco exata, o número de famílias afetadas, o cronograma de retirada dos moradores e para onde eles serão levados, caso o pedido da PGE seja aceito.
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Pedido de remoção
Na última semana, a PGE pediu à Justiça a remoção imediata dos moradores das áreas de risco na Vila Sahy, onde ocorreu uma tragédia no início do ano. Além da remoção, a PGE também solicitou a demolição de 893 imóveis no local.
Procuradoria pede remoção imediata de moradores da Vila Sahy
No documento, a Procuradoria diz que a remoção é necessária para garantir a vida dos moradores. A PGE ainda anexou relatórios sobre os riscos de novos deslizamentos na Vila Sahy.
O pedido diz que o local deve ser desocupado porque há risco de deslizamento do terreno em caso de chuva forte, com destruição e mortes. Os procuradores afirmam que é necessário abrir espaço para as obras que podem evitar essas ocorrências.
Buscas por desaparecidos em meio à lama de um deslizamento que derrubou casas na Vila do Sahy, em São Sebastião
Fábio Tito/g1
A ação envolve a coletividade dos moradores que vivem em área de risco na Vila Sahy e a PGE pede urgência para que a retirada seja autorizada, mesmo contra a vontade dos moradores.
Protestos
Na manhã do último domingo (3), moradores da Vila Sahy protestaram contra a demolição de casas no local.
Moradores da Vila Sahy protestam contra demolições
Além disso, eles reivindicaram mais transparência e mais participação da população no processo de reconstrução do bairro, fortemente atingido pelo temporal em fevereiro deste ano que causou a morte de 64 pessoas.
O protesto teve início às 8h, na praça principal da Vila Sahy. Os moradores carregavam faixas e cartazes contra as demolições e pedindo mais participação no processo de reconstrução.
A manifestação foi pacífica e acompanhada pela Polícia Militar. De acordo com a PM, cerca de 100 pessoas participaram da manifestação. A organização diz que cerca de 500 pessoas estiveram presentes.
Manifestação de moradores da Vila Sahy, em São Sebastião
José Eymard/TV Vanguarda
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